A importância da presença dos pais na infância: além dos presentes no Dia das Crianças
Como a guarda compartilhada fortalece os vínculos afetivos e promove o desenvolvimento saudável das crianças
O Dia das Crianças, comemorado em 12 de outubro, é muito mais do que uma data para presentes. É um momento de reflexão sobre o papel que os adultos desempenham na construção da infância — uma fase fundamental para o desenvolvimento emocional, social e afetivo dos pequenos. Entre os diversos temas que envolvem os direitos e bem-estar das crianças, um que ganha destaque nessa data é a guarda compartilhada.
A guarda compartilhada é uma forma de organização familiar que busca garantir a presença equilibrada dos dois genitores na vida dos filhos, mesmo após a separação do casal. Ao contrário da guarda unilateral, onde apenas um dos pais toma as principais decisões e detém a convivência predominante, na guarda compartilhada ambos participam ativamente da criação, educação e desenvolvimento da criança.
É importante ressaltar que guarda compartilhada não significa divisão do tempo ao meio, mas sim a corresponsabilidade nas decisões e o compromisso mútuo com o bem-estar da criança. O foco sempre deve ser o que é melhor para os filhos, garantindo que tenham acesso ao amor, à atenção e ao cuidado de ambos os pais.
Com isso em mente, o Dia das Crianças se torna uma excelente oportunidade para reforçar laços afetivos e lembrar que o tempo de qualidade, o carinho e o cuidado diário são presentes muito mais valiosos do que qualquer brinquedo. Crianças que crescem com o apoio emocional equilibrado dos pais, mesmo que em lares separados, tendem a desenvolver maior autoestima, segurança emocional e empatia.
Neste Dia das Crianças, que tal trocar a pressa por presença? Celebrar o momento com amor, brincadeiras e escuta atenta? E, para as famílias em nova configuração, que a guarda compartilhada não seja apenas um termo legal, mas uma prática diária de afeto, responsabilidade e parceria. Afinal, o maior presente que uma criança pode receber é a certeza de que é amada — por todos que fazem parte de sua vida.
Por Vanessa Paiva
advogada especialista em Direito de Família e Sucessões; pós-graduada e mestre em direito; professora de Direito de Família; autora de obras jurídicas; sócia administradora do escritório Paiva & André Sociedade de Advogados
Artigo de opinião