Como o “hormônio do amor” revela o impacto da separação dos pais no cérebro infantil
Entenda o papel da oxitocina no desenvolvimento emocional e social dos bebês a partir de estudos inovadores
Pesquisas recentes do Instituto Weizmann de Ciências trouxeram à luz um importante mecanismo neural que explica como a separação dos pais pode afetar o cérebro em desenvolvimento dos filhos. Utilizando uma tecnologia inovadora, os cientistas investigaram o papel da oxitocina — conhecida popularmente como o “hormônio do amor” — no vínculo entre pais e filhotes, revelando insights que podem ser fundamentais para entender as diferenças emocionais entre meninos e meninas desde os primeiros dias de vida.
Segundo a teoria psicológica contemporânea, o apego entre o bebê e seu cuidador principal é determinante para a formação dos futuros laços sociais da criança. No entanto, os processos biológicos que sustentam esse vínculo ainda são pouco compreendidos. A equipe do Instituto Weizmann desenvolveu um método não invasivo que permite observar a atividade cerebral em camundongos sem perturbar seu comportamento natural. Essa técnica é especialmente eficaz para estudar a ação da oxitocina, que varia conforme o contexto social.
O estudo focou na separação temporária dos filhotes de suas mães e no reencontro posterior, momentos em que a oxitocina desempenha um papel crucial. “Descobrimos que os filhotes de camundongos precisam de um sistema ativo de oxitocina para se adaptar à separação de suas mães”, explica o Prof. Ofer Yizhar, do Instituto Weizmann. Isso indica que a oxitocina não age apenas no cérebro dos pais, como já era conhecido, mas também no dos bebês, influenciando diretamente sua capacidade de lidar com a ausência e o reencontro.
Além de fortalecer o apego, a oxitocina está relacionada a emoções complexas como ansiedade e agressividade, e sua deficiência tem sido associada a condições como o autismo infantil. Por isso, a nova tecnologia que permite examinar a atividade neural profunda no cérebro em desenvolvimento pode abrir caminhos para intervenções precoces que promovam a saúde emocional e social das crianças.
Futuros estudos deverão investigar como a oxitocina influencia o desenvolvimento do comportamento social, a maturidade emocional e o apego materno, além de explorar possíveis tratamentos para distúrbios relacionados. Compreender esse “hormônio do amor” pode ser fundamental para apoiar famílias e crianças diante dos desafios causados pela separação dos pais.
Este conteúdo foi produzido com base em informações da assessoria de imprensa do Instituto Weizmann de Ciências.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA