Aos 75 anos, aposentada conquista autonomia ao aprender a ler e escrever
Projeto social transforma vida de idosa, promovendo inclusão e bem-estar na terceira idade
No dia 1º de outubro, o Brasil celebra o Dia Nacional do Idoso, uma data que busca conscientizar a sociedade sobre o envelhecimento, promovendo proteção, cuidado e a garantia dos direitos das pessoas na terceira idade. É nesse contexto que o CEDIVIDA (Centro de Direitos à Vida da Pessoa Idosa), mantido pelos Amigos do HC, atua oferecendo atendimento gratuito e promovendo encontros para pessoas com mais de 60 anos, incentivando a convivência, o aprendizado e a autonomia.
Uma história inspiradora que ilustra o impacto desse trabalho é a de Ana Fidelis, aposentada de 75 anos que, após uma vida sem acesso à educação formal, aprendeu a ler e escrever graças ao apoio do CEDIVIDA e da amizade com a professora aposentada Erenice Kowalski Zado. Criada em um sítio, Ana nunca teve a oportunidade de frequentar a escola, pois sua família não priorizava a alfabetização. “Meus pais falavam que eu não precisava ler tudo e meus irmãos também não permitiam que eu fosse para a escola”, relembra.
A mudança começou durante uma atividade no CEDIVIDA, quando Ana expressou sua dificuldade em escrever. Erenice, ao ouvir isso, se ofereceu para ensinar a amiga. Com dedicação, elas iniciaram um processo de aprendizado que envolveu exercícios de caligrafia e o uso de materiais específicos para o desenvolvimento da escrita. Apesar das dificuldades naturais da idade, Ana conseguiu avançar e hoje lê placas, bilhetes e participa ativamente das atividades do centro.
Idalina Cunha, coordenadora do CEDIVIDA, destaca a importância das relações construídas no projeto: “É uma história muito bonita e que temos muita alegria em contar. Proporcionamos um ambiente seguro para que as pessoas trabalhem suas emoções e dificuldades, promovendo saúde, bem-estar, direitos, autonomia e inclusão digital.”
O aprendizado de Ana não apenas trouxe autonomia, mas também melhorou sua autoestima e qualidade de vida. “Eu saí daquela depressão. Precisava ler e não sabia o que estava escrito. Agora eu sei e tenho autonomia”, afirma a aposentada. Erenice observa que a amiga mudou sua postura, tornou-se mais comunicativa e participa mais das atividades.
Segundo dados do IBGE, o Brasil ainda registra 5,3% de analfabetismo absoluto, o que corresponde a 9,1 milhões de pessoas. Iniciativas como a do CEDIVIDA são fundamentais para enfrentar esse desafio, promovendo inclusão social e ampliando as oportunidades para a população idosa.
O CEDIVIDA oferece oficinas, palestras e atividades que incentivam a saúde, a inclusão digital, o empreendedorismo e a autonomia para pessoas com mais de 60 anos, tudo gratuitamente. Essa ação reforça a importância de garantir que o envelhecimento seja vivido com dignidade, aprendizado e participação ativa na sociedade.
Este conteúdo foi elaborado com dados da assessoria de imprensa do CEDIVIDA, reforçando o papel transformador da educação e da solidariedade na vida das pessoas na terceira idade.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA