Alimentação Personalizada: A Chave para Reduzir Riscos Cardiovasculares no Dia Mundial do Coração

Entenda como adaptar a dieta ao perfil individual pode proteger o coração e promover longevidade cardiovascular

Setembro é o mês da prevenção e conscientização das doenças cardiovasculares, e o dia 29 é celebrado como o Dia Mundial do Coração. A proteção do coração vai além de exames e medicamentos: ela começa no comportamento alimentar, na dieta e no estilo de vida.

Estudos recentes demonstram que as dietas anti-inflamatórias — Mediterrânea, DASH e Plant-Based — têm efeitos comprovados na redução do risco cardiovascular. No entanto, a chave para a prevenção eficaz está na personalização: adaptar a dieta ao perfil, preferências e condições clínicas de cada paciente.

Dietas podem proteger o coração? Sim. Estudos associam a adesão à dieta mediterrânea com redução do risco cardiovascular devido aos seus efeitos benéficos no metabolismo lipídico, inflamação e saúde vascular. Outra pesquisa indica que a adesão à dieta DASH está associada à redução de 17% na mortalidade por todas as causas e cardiovasculares em adultos com mais de 60 anos. Além disso, padrões alimentares vegetarianos, incluindo veganos, estão associados à redução do risco de doenças cardiovasculares.

Um fator de risco importante para a saúde cardiovascular é a inflamação crônica de baixo grau, conhecida como “inflammaging”. Por isso, a alimentação personalizada desempenha um papel crucial na modulação dessa inflamação. Alimentos ricos em antioxidantes e compostos anti-inflamatórios, como peixes ricos em ômega-3, oleaginosas, azeite de oliva, frutas vermelhas e vegetais verde-escuros, podem ajudar a reduzir a inflamação e proteger o coração.

A prevenção eficaz das doenças cardíacas não se trata apenas de seguir uma dieta ideal, mas sim de adaptar a alimentação ao perfil individual de cada pessoa, considerando fatores como idade, histórico familiar, comorbidades, rotina e preferências alimentares. Essa abordagem personalizada permite que cada paciente potencialize os benefícios para o coração, promovendo longevidade cardiovascular, ou seja, viver com mais qualidade, mantendo o coração mais saudável ao longo dos anos.

Pequenas mudanças na dieta e no estilo de vida podem ter um grande impacto na saúde cardiovascular. Substituir gorduras saturadas por gorduras insaturadas, aumentar o consumo de fibras e reduzir o sal são exemplos de pequenos ajustes que podem reduzir o risco de doenças cardíacas.

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Por Lauren Nassur

Nutricionista clínica e hospitalar, formada pelo Centro Universitário São Camilo e pelo Centro Universitário FMU; Pós-graduada em Nutrição Hospitalar pelo Hospital Israelita Albert Einstein; especialista em Doenças Crônicas, especialmente no cuidado da saúde de todas as fases da mulher, no pré e no pós-operatório de cirurgias

Artigo de opinião

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