Documentário “uma mulher comum” estreia neste domingo e debate aborto legal no Brasil

Filme dirigido por Débora Diniz traz a história real de uma mulher que busca aborto seguro na Argentina

Neste domingo, dia 28 de setembro de 2025, estreia online o documentário “uma mulher comum”, dirigido pela antropóloga e professora da Universidade de Brasília (UnB), Débora Diniz. A data escolhida não é por acaso: marca o Dia Latino-Americano e Caribenho de Luta pela Descriminalização e Legalização do Aborto, uma causa que mobiliza mulheres em toda a região. A estreia acontece no site da campanha Nem Presa Nem Morta, que também disponibiliza o filme para download, além de material pedagógico e cartazes para promover debates.

Com duração de 20 minutos, o documentário apresenta a história real de Scarlet, uma mulher brasileira, casada e mãe de três filhos, que precisou atravessar a fronteira até Buenos Aires para ter acesso à interrupção legal e segura da gravidez — um direito ainda negado no Brasil. Segundo a diretora Débora Diniz, “Scarlet poderia ser qualquer mulher brasileira. Ela é casada, mãe de três filhos e, ainda assim, precisou atravessar a fronteira para ter acesso a um cuidado de saúde que deveria ser garantido em seu próprio país. O documentário mostra que o aborto não é uma questão abstrata, mas uma experiência concreta, cotidiana, vivida por milhões de mulheres. É sobre desigualdade, democracia e o direito de decidir”.

O filme já foi exibido em festivais no Brasil e no exterior, acumulando dez prêmios, e em setembro passou por sessões de cine-debate em 14 cidades brasileiras, promovidas em parceria com cineclubes e organizações locais do movimento de mulheres. O impacto do documentário foi sentido nas emoções do público e nas discussões geradas. Participantes relataram momentos de emoção coletiva e a vontade de criar cineclubes para continuar o debate. Organizações como o Fórum Cearense de Mulheres, o Coletivo Leila Diniz e o Geni – Cineclube e Clube de Leitura destacaram a relevância do filme e do material pedagógico que o acompanha.

A campanha Nem Presa Nem Morta, responsável pela distribuição do documentário, acredita no poder do cinema para sensibilizar e mobilizar a sociedade. Laura Molinari, codiretora da campanha, afirma: “Assumimos a distribuição do documentário porque acreditamos na força do cinema para mobilizar e sensibilizar. Este filme chega num momento decisivo para o Brasil. Ao dar visibilidade à história de Scarlet, queremos reafirmar que nenhuma mulher deve ser punida por decidir sobre o próprio corpo”.

“uma mulher comum” é uma iniciativa do Anis Instituto de Bioética, do Instituto Cravinas e do Projeto Vivas, com produção de Luciana Brito. A obra contribui para ampliar o debate sobre a descriminalização do aborto, destacando a urgência de garantir direitos reprodutivos e saúde segura para todas as mulheres brasileiras. Para quem deseja promover sessões com debate, a campanha oferece apoio por meio do e-mail contato@nempresanemmorta.org.

Este documentário é uma importante ferramenta para refletir sobre desigualdade, direitos humanos e a luta das mulheres por autonomia sobre seus corpos, especialmente em um contexto onde o acesso ao aborto legal ainda é restrito. A estreia online facilita o acesso e a disseminação dessa mensagem fundamental para o avanço da saúde feminina e dos direitos reprodutivos no Brasil e na América Latina.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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