Dia Mundial da Doação de Órgãos: 500 Crianças Esperam Transplante por Incompatibilidade Física

A história de João Victor e os desafios da doação infantil revelam a importância do gesto que salva vidas

No próximo dia 27 de setembro, celebra-se o Dia Mundial da Doação de Órgãos, data que reforça a importância desse gesto de amor e solidariedade. Segundo dados da assessoria de imprensa, mais de 500 crianças e adolescentes no Brasil aguardam um transplante, mas enfrentam um desafio crítico: a incompatibilidade de idade, peso ou altura entre doador e receptor.

Entre essas histórias está a de João Victor, de 13 anos, que convive com cardiopatia desde a gestação. Sua mãe, Patrícia da Silva, descobriu a má-formação cardíaca do filho ainda com 26 semanas de gravidez. Prematuro, João passou por cirurgias desde os primeiros dias de vida e, após anos de tratamentos paliativos, entrou recentemente na lista de espera por um transplante de coração.

A rotina de João envolve consultas semanais com quatro cardiologistas e cuidados constantes, mas ele mantém a esperança de uma vida mais ativa, sonhando em andar de bicicleta e jogar bola. Para Patrícia, o transplante representa a chance de “ter a expectativa de uma vida saudável” e poder fazer planos para o futuro do filho.

O cardiologista pediátrico Bruno Hideo Saiki explica que a doação infantil enfrenta dificuldades específicas, principalmente pela escassez de órgãos compatíveis para crianças menores. “Temos extrema dificuldade na doação de órgãos de crianças no país e no mundo”, afirma. Além disso, múltiplas cirurgias corretivas podem aumentar o risco de rejeição ou até contraindicar o transplante. A compatibilidade física entre doador e receptor é fundamental, sendo possível aceitar um coração com até 2 a 2,5 vezes o peso da criança receptora.

O sucesso do transplante depende do trabalho integrado de uma equipe multidisciplinar, que acompanha o paciente desde a cirurgia até a reabilitação. Após o procedimento, a criança pode realizar atividades físicas normalmente, desde que siga corretamente o tratamento e faça exames periódicos.

Até setembro de 2025, foram realizados 416 transplantes em crianças e adolescentes de 0 a 17 anos no Brasil, mas ainda há 560 pessoas nessa faixa etária na fila de espera. Os órgãos mais demandados são rim, fígado e coração, com maior concentração de casos entre 11 e 17 anos, especialmente nos estados de São Paulo, Pernambuco e Minas Gerais.

A campanha Transforme-se, que ganha nova etapa neste Dia Mundial da Doação de Órgãos, destaca que cada doação é uma oportunidade real de recomeço, não só para os pacientes, mas para suas famílias e comunidades. A história de João Victor é um exemplo vivo da importância de sensibilizar a sociedade para esse ato que salva vidas e transforma destinos.

Doar órgãos é um gesto de amor que pode devolver a esperança e a chance de uma vida plena para milhares de crianças e adolescentes que aguardam por um transplante. Que este dia inspire mais pessoas a se tornarem doadoras e a apoiar essa causa tão fundamental.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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