O impacto oculto do suicídio e da saúde mental na economia brasileira
Setembro Amarelo revela que transtornos mentais vão além da saúde, afetando produtividade e previdência
Setembro Amarelo é conhecido por sua campanha de conscientização sobre o suicídio, mas o tema também carrega um peso econômico significativo que muitas vezes passa despercebido. Dados recentes mostram que transtornos mentais são uma das principais causas de afastamento do trabalho no Brasil, com impactos diretos na produtividade e na sustentabilidade do sistema previdenciário.
Segundo especialistas em Terapia Comportamental Dialética (DBT), o suicídio não deve ser visto apenas como uma tragédia individual, mas como um problema social e econômico que exige ações concretas. A Organização Mundial da Saúde aponta que a depressão é a principal causa de incapacidade no mundo, enquanto o Ministério da Previdência brasileiro indica que transtornos mentais estão entre os três maiores motivos de afastamento pelo INSS.
O cenário é ainda mais alarmante entre os jovens: houve um aumento de 114% nos casos de suicídio entre adolescentes de 14 anos na última década. O psicólogo Vinícius Dornelles alerta que, sem investimentos sérios em prevenção, o Brasil pode enfrentar em 10 a 15 anos uma crise dupla, envolvendo saúde pública e previdência, com uma geração incapacitada para o trabalho.
A psicóloga Êdela Nicoletti reforça que a prevenção precisa ir além de campanhas simbólicas. “Quando alguém adoece, uma família inteira sofre, uma empresa perde produtividade, uma comunidade perde força”, destaca. Para que o Setembro Amarelo tenha impacto real, é fundamental que a discussão avance para políticas públicas efetivas e ações dentro das instituições.
Além das estratégias clínicas, como a DBT, que desenvolve habilidades de regulação emocional e enfrentamento de crises, a resposta ao problema envolve fatores estruturais como combate à violência, distribuição de renda, acesso universal à saúde e programas educativos. Dornelles enfatiza que o suicídio está diretamente ligado à desigualdade social, sendo mais prevalente em países em desenvolvimento e populações vulneráveis.
Ignorar o tema ou tratá-lo apenas como tabu ou marketing pode resultar em um alto custo em vidas e na economia do país. Para quem precisa de ajuda, existem serviços como o CVV (188), atendimento emergencial pelo SAMU (192) e a rede pública de saúde, incluindo UBS e CAPS. Familiares e amigos devem estar atentos e buscar apoio imediato em situações de risco.
Este alerta, baseado em dados da assessoria de imprensa, reforça a urgência de enxergar o suicídio e os transtornos mentais não só como uma questão de saúde, mas como um desafio econômico e social que exige compromisso coletivo.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA