Estudo revela desafios e desinformação sobre contracepção entre mulheres brasileiras

Pesquisa inédita destaca o impacto das redes sociais e a importância da informação qualificada na saúde reprodutiva

Às vésperas do Dia Mundial da Contracepção, celebrado em 26 de setembro, um estudo inédito realizado pela Ipsos a pedido da Bayer trouxe dados importantes sobre o cenário da contracepção no Brasil. A pesquisa ouviu 800 mulheres entre 18 e 60 anos em todas as regiões do país e revelou que, apesar de 91% delas já terem utilizado algum método contraceptivo ao longo da vida, 25% não usam nenhum método atualmente.

Um dos pontos centrais do levantamento é o papel das redes sociais e da internet como fonte principal de informação sobre saúde para as mulheres brasileiras. Cerca de 59% das entrevistadas recorrem ao ambiente digital, percentual que sobe para 62% entre as jovens de 18 a 29 anos. As buscas ocorrem em sites, fóruns, grupos de WhatsApp, Facebook, Instagram e perfis de influenciadores no Instagram, TikTok e Kwai.

Entretanto, o ginecologista Edson Ferreira, da Faculdade de Medicina da USP, alerta para os riscos dessa dependência: “O problema não está no consumo de informações pela internet, mas, sim, na falta de embasamento científico que alguns desses conteúdos podem ter. Tomar como base experiências isoladas ou relatos que propagam mitos pode levar a escolhas inadequadas de métodos contraceptivos, insegurança em relação à contracepção e, consequentemente, perpetuar as gravidezes não planejadas.”

A pesquisa também aponta uma lacuna significativa no conhecimento sobre métodos contraceptivos modernos, especialmente os de longa duração, como DIUs e implantes. Por exemplo, 89% das entrevistadas não sabem diferenciar entre o DIU de cobre e o hormonal, sendo essa falta de informação mais comum entre mulheres das classes sociais mais baixas.

Além disso, o estudo destaca que 62% das brasileiras já tiveram ao menos uma gestação não planejada, um dado preocupante que reforça a necessidade de ampliar o acesso à informação e ao cuidado reprodutivo. Entre as causas apontadas para essas gestações estão a falha do método contraceptivo (27%) e o uso incorreto (20%).

Outro dado relevante é que 67% das mulheres não sabem que o DIU hormonal é coberto por planos de saúde, um desconhecimento ainda maior nas classes D e E, onde 76% ignoram esse direito.

Na semana do Dia Mundial da Contracepção, a influenciadora Karen Bachini realizou uma enquete em seu Instagram, revelando que 27% das pessoas já foram influenciadas pelas redes sociais a iniciar ou interromper o uso de contraceptivos, com o medo dos métodos hormonais sendo o principal motivo citado.

Rodrigo Mirisola, ginecologista e gerente médico da Bayer, reforça que “a informação de qualidade é uma ferramenta poderosa, não só para promover o conhecimento sobre os contraceptivos modernos, mas também para ampliar o acesso e democratizar o cuidado reprodutivo.”

Este estudo evidencia a importância de um diálogo aberto entre profissionais de saúde, comunicadores e mulheres, para que a troca de experiências nas redes sociais seja acompanhada de informações científicas confiáveis, garantindo escolhas seguras e conscientes sobre contracepção.

Fonte: Dados da assessoria de imprensa.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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