O Poder do Vermelho na Arquitetura de Interiores: 8 Formas de Usar com Elegância

Descubra como a cor vermelha pode transformar ambientes, trazendo energia, personalidade e equilíbrio aos espaços residenciais e comerciais.

Paixão, amor, desejo, expressividade e coragem. O vermelho é uma cor que desperta sentimentos imediatos e dificilmente passa despercebida. Carregado de simbolismos, é associado tanto à intensidade da energia vital do dia a dia. Na arquitetura de interiores, ganha espaço tanto em detalhes mais discretos, porém não menos expressivos, quanto em pontos que transformam completamente a atmosfera de um ambiente.

Para a arquiteta Cristiane Schiavoni, o vermelho tem um significado especial: é sua cor favorita e presença constante também no guarda-roupa. Talvez não seja coincidência, afinal, como uma boa ariana, ela se identifica com a impetuosidade e a ousadia que esse tom transmite, seja na sua vida, quanto em seus projetos.

Mas, apesar da afinidade pessoal, Cristiane afirma que cada cor precisa fazer sentido para quem vai habitar o espaço. “Não adianta ser uma cor que eu adoro se não traduzir a identidade de quem vive naquele ambiente”, explica.

Quando bem utilizada, aquece, traz alegria e agrega conforto. Essa paixão pessoal, somada à sensibilidade em adaptar a cor às expectativas dos clientes, faz com que o vermelho se torne um recurso poderoso em seus projetos, sempre presente de forma equilibrada.

O desafio do equilíbrio
No caso do vermelho, por ser uma cor vibrante e saturada, o desafio está em balancear sua força sem perder sua beleza. “Fica muito interessante criar cenários acolhedores com tons terrosos, madeirados, beges ou cinzas, que suavizam a energia e mantêm o ambiente harmônico”, argumenta a arquiteta.

Nas áreas sociais como salas de estar, jantar e cozinhas, o vermelho funciona como um convite à convivência, trazendo calor e vitalidade. Já em ambientes de descanso ou concentração, como quartos e salas de leitura, Cristiane recomenda cautela.

Veja maneiras em que a arquiteta Cristiane Schiavoni definiu o vermelho nos projetos:

Protagonista na cozinha
O vermelho-cereja desta cozinha tem um ‘quê’ retrô, mas ao mesmo tempo exterioriza modernidade. O resultado é um charme: junto com o piso hexagonal, que remete à nuance do piso vermelhão, o branco dos armários superiores e o revestimento da parede suavizam a pujança da cor.

Na marcenaria da área social
Neste apartamento duplex, moradores e visitantes são recebidos pela fusão entre o vermelho e o espelhado do vidro reflexa. A dupla aparece logo na entrada, no espaço da sapateira, e sua extensão resplandece com a cristaleira. Com o vermelho em toda estrutura da marcenaria, a cor se evidencia na parte central, acompanhada pelos armários onde estão guardados copos e taças.

Nas portas
As portas, muitas vezes ignoradas, ganham destaque quando pintadas de vermelho. A cor surpreende, quebra a monotonia e traz um toque inesperado ao ambiente. “Gosto também do contraste que ela imprime, bem como a capacidade de organizar visualmente o ambiente onde está”, diz Cristiane. Em apartamentos, para respeitar normas condominiais, recomenda-se pintar apenas a parte interna.

Na bancada do banheiro
O vermelho no banheiro reforça sua carga simbólica e eternidade. Em um banheiro de casal, a marcenaria vermelha contrasta com a magnitude do mármore azul, mantendo o impacto da presença da cor de forma arrojada.

Nas artes
Em uma sala de jogos, uma escultura vermelha surge como ponto de cor que rouba olhares em meio à base neutra do décor. O vermelho também atua como memória afetiva: em um living, uma peça do acervo das moradoras ganhou destaque junto ao efeito ripado das paredes e o azul das poltronas. Em outro projeto, o vermelho destaca uma réplica de carro de Fórmula 1, presente de esposa ao marido.

Vermelho na mesa de trabalho
O vermelho pode emprestar vigor ao ambiente de trabalho, refletindo uma maneira expressiva e autêntica, como aparece na mesa deste espaço.

Nas paredes
Cristiane elegeu o vermelho para afirmar a veemência com que ela e sua equipe trabalham nos projetos: no hall de entrada, a cor é quase monocromática, configurando-se na parede e no teto.

O vermelho é uma cor poderosa, atemporal e capaz de refletir a identidade dos moradores quando aplicada com equilíbrio e sensibilidade. Seu uso na arquitetura de interiores vai muito além da estética, traduzindo sentimentos e criando ambientes que convidam ao bem-estar e à convivência.

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Por Henrique Araújo

Artigo de opinião

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