Espera por transplante infantil: mais de 500 crianças enfrentam desafios de compatibilidade

No Dia Mundial da Doação de Órgãos, conheça a história de João Victor e a importância da doação para salvar vidas infantis

No Brasil, mais de 500 crianças e adolescentes aguardam um transplante de órgãos, enfrentando desafios que vão além da simples espera. Dados do Ministério da Saúde revelam que, até setembro de 2025, foram realizados 416 transplantes em pacientes de 0 a 17 anos, mas a lista de espera permanece longa, especialmente para órgãos como rim, fígado e coração. A maior concentração está entre jovens de 11 a 17 anos, com destaque para os estados de São Paulo, Pernambuco e Minas Gerais.

Entre essas histórias de luta e esperança está a de João Victor, um adolescente de 13 anos que convive com uma cardiopatia desde a gestação. Diagnosticado ainda no útero, ele nasceu prematuro e passou por procedimentos paliativos e implante de marcapasso logo nos primeiros dias de vida. Apesar das dificuldades, João mantém uma rotina escolar e o acompanhamento de quatro cardiologistas, com consultas semanais. A possibilidade de um transplante cardíaco surgiu após a estabilização da hipertensão pulmonar, abrindo uma nova perspectiva para ele e sua família.

Patrícia, mãe de João Victor, expressa o sentimento que acompanha a espera: “O transplante é estar grávida de um filho vivo, sabe? É ter a expectativa de uma vida saudável. Porque eu nunca tive uma consulta médica que eu saísse com uma perspectiva de que o João vai ter uma condição normal de vida. E o transplante traz isso para a gente: poder fazer planos.” A ansiedade pelo telefonema que pode mudar tudo é constante, mas a esperança permanece firme. Para João, que gosta de videogame, amigos e sonha em andar de bicicleta, a mensagem é simples: “Daria boa sorte para ele. Gosto de postar muito no Instagram da minha vida e andar de bicicleta.”

O cardiologista pediátrico Bruno Hideo Saiki destaca os desafios específicos do transplante infantil, especialmente a dificuldade na doação de órgãos de crianças pequenas. A compatibilidade entre idade, peso e altura do doador e receptor é fundamental para o sucesso do procedimento. “Podemos aceitar um coração com, no máximo, entre 2 a 2,5 vezes o peso do receptor”, explica o médico. Além disso, crianças com cardiopatias congênitas frequentemente passam por múltiplas cirurgias que podem aumentar a chance de rejeição ou contraindicar o transplante.

O processo exige uma equipe multidisciplinar integrada, incluindo cirurgiões, clínicos, enfermagem, assistência social, psicologia e UTI. Após o transplante, a criança pode realizar atividades físicas normalmente, desde que siga corretamente o tratamento e faça exames periódicos.

No Dia Mundial da Doação de Órgãos, celebrado em 27 de setembro, a campanha Transforme-se reforça a importância da doação como um ato de amor e solidariedade, capaz de transformar vidas e oferecer novas oportunidades para crianças como João Victor e suas famílias. Cada doação representa uma chance real de recomeço e qualidade de vida.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa, destacando a urgência e os desafios da doação de órgãos para crianças e adolescentes no Brasil.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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