Saúde mental no Brasil: dados revelam desafios e avanços na prevenção do suicídio

Em setembro, mês dedicado à Campanha Setembro Amarelo, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) divulgou uma pesquisa inédita que traça um panorama da saúde mental dos adultos brasileiros em 2025. Intitulada “Como você está? Uma pesquisa nacional sobre saúde mental e sentimentos na vida adulta”, a iniciativa reforça a urgência de ações efetivas para a prevenção do suicídio no país.

Os dados revelam um cenário preocupante: 25,7% dos participantes relataram ter tido pensamentos suicidas nos últimos seis meses, enquanto 25,2% afirmam não se sentir bem atualmente. Além disso, 30,9% se declararam tristes ou decepcionados, mas ainda com esperança de melhora. Outro dado alarmante é que mais da metade dos entrevistados já pensou em se isolar completamente ou desaparecer, evidenciando a necessidade de cuidados que considerem aspectos sociais e demográficos, além do combate ao estigma que dificulta a busca por tratamento.

Apesar dos desafios, a pesquisa também aponta avanços importantes. Mais da metade dos participantes (54,1%) sabem onde buscar ajuda especializada em crises intensas, e 50,9% já procuraram atendimento com psiquiatras ou psicólogos ao menos uma vez, estando atualmente acompanhados por profissionais. Esse dado demonstra uma crescente conscientização sobre a importância do cuidado com a saúde mental e a redução do preconceito em torno do tema, fruto do trabalho da ABP desde 2011.

No entanto, o acesso ao atendimento especializado ainda é desigual. Apenas 31,6% acreditam que poderiam buscar atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto 33,8% consideram o plano de saúde e 50,9% optariam por atendimentos particulares. A realidade do sistema público, com recursos limitados e longas filas, contrasta com o atendimento privado, acessível a uma parcela restrita da população.

A pesquisa contou com a participação de pessoas de todas as regiões do Brasil, abrangendo diferentes faixas etárias, níveis de escolaridade e condições profissionais, o que reforça a representatividade dos dados. Em paralelo, a recente sanção da Lei nº 15.199, que institui o Dia Nacional de Prevenção do Suicídio em 10 de setembro e o Dia Nacional de Prevenção da Automutilação em 17 de setembro, reforça a importância de políticas públicas e ações contínuas para o cuidado da saúde mental.

A ABP destaca que a prevenção do suicídio é uma responsabilidade coletiva que deve envolver conscientização, educação e cuidado durante todo o ano. As doenças mentais precisam ser tratadas com a mesma seriedade das doenças físicas, com atendimento especializado e tratamento adequado. Os resultados da pesquisa serão utilizados para orientar a criação de materiais informativos e estratégias de prevenção alinhadas à realidade dos brasileiros.

Os dados completos estarão disponíveis em breve no site da Campanha Setembro Amarelo, fortalecendo o compromisso com a saúde mental e o bem-estar da população.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa da Associação Brasileira de Psiquiatria.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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