O Ego nas Lideranças: O Fator Invisível que Adoece Equipes e Compromete Resultados

Como a falta de consciência sobre o ego no ambiente corporativo impacta a saúde mental, a comunicação e a produtividade das equipes

Nos últimos anos, pesquisas de saúde mental no trabalho revelam números alarmantes: segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o estresse já é considerado uma epidemia global e o burnout entrou para a lista oficial de doenças ocupacionais. Para a mentora de autoconhecimento Fabi Cauneto, uma das raízes desse cenário está em algo pouco discutido: a forma como o ego atua nas relações profissionais.

“A função do ego na psique é classificar, justificar e desta forma, muitas vezes quer provar, competir, ter razão. Quando um líder não desenvolve a percepção sobre a atuação do seu próprio ego, permite inconscientemente que este dite suas atitudes. Assim, o ambiente de trabalho se torna um campo de batalha silencioso e a consequência é: desgaste emocional, comunicação falha e perda de energia criativa”, afirma Fabi.

Na prática, o ego se manifesta de várias formas: chefes que não sabem ouvir, funcionários que competem entre si em vez de colaborar, reuniões que viram disputas de poder e até a incapacidade de reconhecer erros. Tudo isso mina a confiança e a segurança psicológica das equipes.

Segundo Fabi, desenvolver a presença e a consciência sobre o papel do ego é um caminho para transformar essa realidade. “Não se trata de eliminar o ego, mas de colocar cada coisa em seu lugar. Quando o líder aprende a diferenciar ego da essência, ele cria espaço para diálogo verdadeiro e resultados mais sustentáveis”, completa.

A especialista destaca que mudanças simples no comportamento, como escutar sem interromper, admitir limites ou compartilhar responsabilidades, já são capazes de gerar transformações significativas na cultura de uma organização.

Falar sobre ego no trabalho é falar sobre gente. No fim das contas, são pessoas que constroem resultados e pessoas que adoecem quando o ambiente não favorece. Reconhecer a atuação do ego é o primeiro passo para criar relações mais verdadeiras e equipes mais saudáveis. E esse é o convite que Fabi Cauneto traz: olhar para além dos números e entender que liderança começa dentro de cada um.

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Por Fabi Cauneto

Mentora de autoconhecimento; facilitadora de profundos processos de autoconhecimento; líder do Instituto Fabi Cauneto; integra ferramentas de constelação sistêmica, escuta atenta e práticas de presença para transformar conflito em oportunidade de crescimento

Artigo de opinião

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