Síndrome do Impostor Reversa: o desafio da Geração Z no mercado de trabalho

Jovens recém-formados enfrentam expectativas irreais e empresas buscam soluções para o fenômeno crescente

A Síndrome do Impostor Reversa tem chamado atenção no universo profissional, especialmente entre os jovens da Geração Z. Diferente da síndrome do impostor tradicional, em que o indivíduo se sente uma fraude, esse fenômeno faz com que recém-formados acreditem estar “bons demais” para as oportunidades disponíveis no mercado de trabalho. Dados recentes, compartilhados pela assessoria de imprensa, revelam que essa percepção tem gerado impactos significativos para empresas e para os próprios jovens.

Segundo estudos como o da Bloomberg (2023), a Geração Z tem expectativas salariais muito acima da realidade: consideram que o salário mínimo para se sentirem bem-sucedidos deveria estar entre 500 e 600 mil dólares anuais, com média de 587.797 dólares. A National Association of Colleges and Employers (NACE, 2024) também registrou um aumento expressivo nas pretensões salariais entre 2023 e 2025. Por outro lado, pesquisas da Intelligent.com (2024) indicam que mais da metade dos empregadores evita contratar graduados sem experiência, devido ao desalinhamento de expectativas e falta de preparo prático.

Alexandre Weiler, consultor de carreira e diretor acadêmico da ESIC Internacional, explica que essa síndrome não nasce da arrogância, mas sim de um contexto cultural e social. “Trata-se de um reflexo de uma geração que cresceu cercada por narrativas de sucesso instantâneo e que, embora seja a mais educada da história, se tornou também a mais rejeitada pelos empregadores”, afirma.

As redes sociais desempenham papel fundamental nesse cenário. Plataformas como TikTok e Instagram exibem carreiras meteóricas, ganhos elevados e estilos de vida luxuosos, criando uma falsa sensação de padrão a ser seguido. “O jovem observa pessoas da mesma idade trabalhando remotamente, conquistando fama ou consumindo bens de luxo, e passa a acreditar que qualquer vaga com salário inicial modesto é uma subestimação de sua capacidade. Isso cria expectativas que simplesmente não se sustentam na realidade do mercado”, destaca Weiler.

Essa desconexão entre expectativa e realidade tem levado a demissões precoces e aumento da rotatividade nas empresas. Weiler reforça que “existe um choque entre promessa e entrega. O diploma abre a porta, mas é a capacidade de gerar resultado que sustenta a carreira. Quando isso não é compreendido, a frustração é inevitável tanto para os jovens quanto para as organizações”.

Para reverter esse quadro, o consultor recomenda uma ação conjunta: empresas devem ser transparentes sobre salários e progressão de carreira, universidades precisam aproximar a formação acadêmica da prática corporativa, e os jovens devem ajustar suas expectativas com base em dados reais e focar em resultados concretos desde o início da carreira. “A realidade não negocia com expectativas. Quanto mais cedo a Geração Z entender isso, maiores serão as chances de construir carreiras sólidas e sustentáveis”, conclui.

Entre as recomendações práticas, Weiler sugere que as empresas evitem descrições de vagas com linguagem inflacionada e apostem em trilhas de crescimento claras e programas de “micro-experiência”. Para as instituições de ensino, a aposta está em projetos aplicados, simulações e estágios supervisionados. Já para os jovens profissionais, a dica é buscar mentores, construir portfólios com resultados concretos e usar dados reais para calibrar expectativas.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações fornecidas pela assessoria de imprensa, trazendo uma reflexão importante para o mercado de trabalho e para a construção de carreiras mais alinhadas e sustentáveis.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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