Diagnóstico precoce do retinoblastoma infantil aumenta em até 90% as chances de cura
Entenda os sinais do tumor ocular mais comum na infância e a importância da detecção rápida para tratamentos eficazes
No dia 18 de setembro, celebra-se o Dia da Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma, uma data essencial para alertar sobre esse tumor ocular maligno que afeta principalmente crianças entre 0 e 5 anos. Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil registra cerca de 400 novos casos anuais dessa doença rara, que pode comprometer a visão e a vida dos pequenos se não for identificada a tempo.
De acordo com informações da assessoria de imprensa da Afya, o retinoblastoma é o tumor maligno mais comum na infância e surge a partir de mutações no gene RB1, responsável pelo controle do ciclo celular. A oftalmologista Dra. Amanda Barros Picanço explica que o tumor se origina das células imaturas da retina, chamadas retinoblastos, presentes apenas durante o desenvolvimento precoce do olho, o que justifica sua maior incidência em crianças pequenas.
O retinoblastoma pode se manifestar de três formas: unilateral, que atinge um olho e é a mais comum; bilateral, que acomete ambos os olhos e geralmente é hereditária; e a forma trilateral, rara e agressiva, que envolve também um tumor cerebral. Os principais sinais que os pais devem observar são a leucocoria — um reflexo branco na pupila conhecido como “olho de gato” — e o estrabismo, caracterizado pelo desalinhamento ocular. Outros sintomas incluem pupila dilatada que não reage à luz, olho vermelho, dolorido ou inflamado sem causa aparente, diminuição da visão e, em casos avançados, aumento do tamanho do olho.
A importância do diagnóstico precoce não pode ser subestimada. Quando detectado nas fases iniciais, o retinoblastoma apresenta até 90% de chance de cura, permitindo tratamentos menos invasivos e preservação da visão. O exame oftalmológico com dilatação da pupila e oftalmoscopia indireta é fundamental para a detecção, podendo ser complementado por ultrassonografia ocular, tomografia ou ressonância magnética.
Por outro lado, o diagnóstico tardio pode levar à perda do olho afetado e exigir tratamentos mais agressivos, como quimioterapia sistêmica, terapias focais (fotocoagulação a laser, crioterapia, termoterapia, braquiterapia) e até enucleação — remoção do olho. Em casos graves, a doença pode se espalhar para o nervo óptico, cérebro ou ossos, reduzindo drasticamente as chances de cura e comprometendo a qualidade de vida da criança.
Novas abordagens, como imunoterapia e terapias direcionadas, estão sendo estudadas e aplicadas em centros especializados, ampliando as possibilidades de tratamento. A conscientização dos pais e cuidadores sobre os sinais do retinoblastoma é o primeiro passo para garantir um diagnóstico rápido e eficaz, aumentando as chances de cura e preservação da visão.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações fornecidas pela assessoria de imprensa da Afya, reforçando a importância da prevenção e do acompanhamento médico especializado para a saúde ocular infantil.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA