Mobilização inédita une especialistas e saúde pública contra a Síndrome Alcoólica Fetal
Em setembro, campanha nacional reforça a prevenção da SAF com apoio de ginecologistas, pediatras e secretarias de saúde
Setembro é o mês dedicado à prevenção da Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), uma condição pouco conhecida, de difícil diagnóstico, mas totalmente prevenível. Este ano, o Brasil protagonizou uma mobilização inédita que reuniu ginecologistas, pediatras e secretarias de saúde para ampliar a conscientização sobre a doença e seus impactos.
A iniciativa foi promovida pelo Instituto OMP, a Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) e a Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), que organizaram diversas ações ao longo do mês. O ponto alto foi um webinário histórico realizado em 9 de setembro, Dia Mundial de Prevenção da SAF. Pela primeira vez, as Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia e as Sociedades de Pediatria dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, junto com as Secretarias de Saúde desses estados, uniram forças para discutir a prevenção dos Transtornos do Espectro Alcoólico Fetal (TEAF).
Segundo Sara de Assis, gerente do Instituto OMP, “mais do que um encontro de instituições, este marco representa a força da ciência, da medicina e da sociedade caminhando lado a lado, guiadas pelo compromisso com a vida”. Ela destaca que ações como essa renovam a esperança de transformar a realidade de milhares de crianças e famílias por meio da informação, do cuidado e da conscientização de que “não existe consumo seguro de álcool na gestação”.
A SAF é a forma mais grave dos TEAF, que englobam manifestações físicas, comportamentais, emocionais, sociais e de aprendizagem decorrentes da exposição ao álcool durante a vida intrauterina. Embora os dados oficiais no Brasil sejam escassos, um estudo na periferia de São Paulo indicou que 38 a cada 1.000 nascidos apresentavam algum transtorno relacionado ao consumo de álcool pela mãe. Estima-se que menos de 1% das crianças afetadas sejam diagnosticadas, o que reforça a urgência de ampliar o conhecimento sobre o tema.
A única causa da SAF é o consumo de álcool na gravidez, e a única forma eficaz de prevenção é a abstinência total durante esse período. Atualmente, mais de 450 mil gestantes brasileiras mantêm o hábito de consumir álcool, muitas vezes por desconhecimento dos riscos envolvidos. Por isso, a campanha do Instituto OMP, iniciada em 2023, tem atuado intensamente para informar e proteger a saúde das crianças desde o ventre materno.
Em pouco mais de um ano, a campanha alcançou mais de 3 milhões de pessoas, com vídeos informativos reproduzidos mais de 500 mil vezes. A mobilização segue até as festas de final de ano, reforçando a mensagem de que não há quantidade segura de álcool na gestação. Para mais informações, é possível acompanhar as redes sociais do Instituto OMP e das entidades parceiras.
Esta mobilização nacional simboliza um passo firme e coletivo rumo a um futuro com mais saúde, responsabilidade e proteção para as próximas gerações, reafirmando o compromisso da medicina e da sociedade com a vida.
Conteúdo baseado em dados da assessoria de imprensa.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA