Setembro em Flor: preservação da fertilidade para mulheres com câncer ginecológico
Tratamentos modernos permitem que mulheres em idade fértil realizem o sonho da maternidade antes da radioterapia
Setembro em Flor é o mês dedicado à conscientização sobre os cânceres ginecológicos, um tema que merece atenção especial, principalmente para mulheres em idade fértil que recebem o diagnóstico. Segundo informações da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT), é possível preservar o sonho da maternidade mesmo diante do tratamento oncológico, graças a avanços na radioterapia e técnicas de criopreservação.
Mulheres diagnosticadas com câncer ginecológico enfrentam não apenas o desafio da doença, mas também o medo da perda da fertilidade. A médica radio-oncologista Nilceana Freitas, membro da diretoria da SBRT, destaca que “hoje há recursos para oferecer tratamento eficaz sem, necessariamente, interromper o sonho da maternidade”. Uma das principais estratégias é o congelamento de óvulos antes do início da radioterapia, que permite que essas pacientes mantenham a possibilidade de ter filhos após o tratamento.
O câncer do colo do útero é o mais comum entre os tumores ginecológicos, seguido pelos cânceres de endométrio e ovário. No Brasil, as estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) para 2025 apontam mais de 17 mil casos de câncer de colo do útero, além de milhares de casos de endométrio e ovário. A campanha Setembro em Flor reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce para aumentar as chances de cura e preservar a qualidade de vida das mulheres.
Quando a cirurgia não é indicada ou possível, a radioterapia torna-se o tratamento principal. Entre as técnicas disponíveis, a braquiterapia se destaca por aplicar radiação diretamente no tumor ou em áreas próximas, com planejamento cada vez mais preciso por meio de imagens em 2D e 3D. Essa precisão permite concentrar a radiação no alvo, minimizando os efeitos sobre tecidos saudáveis.
Apesar dos avanços, a radioterapia pode causar efeitos tardios como ressecamento vaginal, incontinência urinária e disfunção sexual. Por isso, o acompanhamento multiprofissional, incluindo fisioterapia ginecológica, é fundamental para minimizar essas complicações e garantir a melhor qualidade de vida possível após o tratamento.
A braquiterapia pode ser temporária ou permanente, dependendo do tipo de câncer e da indicação clínica. A tecnologia atual permite um planejamento rigoroso para distribuir a dose de radiação de forma eficaz e segura.
Setembro em Flor é, portanto, um momento para reforçar que o diagnóstico de câncer ginecológico não precisa significar o fim do sonho da maternidade. Com o apoio da medicina moderna e o acompanhamento adequado, muitas mulheres podem preservar sua fertilidade e planejar um futuro com qualidade de vida após o tratamento.
Este conteúdo foi elaborado com dados da assessoria de imprensa da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT).

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA