Morte súbita em jovens atletas: exames essenciais para prevenir tragédias no esporte

Entenda as causas e a importância da avaliação cardiológica individualizada antes da prática esportiva

A morte súbita em jovens atletas, embora rara, é um evento devastador que chama atenção para a necessidade de cuidados específicos no esporte. O recente falecimento de João Gabriel Hofstatter De Lamare, de apenas 20 anos, durante uma meia-maratona em Porto Alegre, reacende o debate sobre como exames médicos podem prevenir tragédias semelhantes.

Segundo o cardiologista Raphael Boesche Guimarães, membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia, a morte súbita é caracterizada pela perda inesperada das funções cardíacas, geralmente minutos após o início dos sintomas. “Afeta pessoas aparentemente saudáveis, inclusive atletas de alto rendimento”, explica. Em jovens até 35 anos, a principal causa é a cardiomiopatia hipertrófica (CMH), uma condição genética que provoca o espessamento assimétrico do músculo cardíaco, podendo obstruir a saída de sangue e causar arritmias fatais durante o esforço físico. Outras causas incluem anomalias congênitas das artérias coronárias, miocardite e doenças elétricas hereditárias, como a síndrome do QT longo e a síndrome de Wolff-Parkinson-White.

Para atletas acima de 35 anos, o risco maior está relacionado à doença arterial coronariana, causada pelo acúmulo de gordura nas artérias do coração, aumentando a chance de infarto durante exercícios intensos.

Guimarães destaca que “nem sempre os exames clínicos de rotina são suficientes para identificar doenças silenciosas e potencialmente fatais”. Por isso, ele defende uma avaliação médica individualizada antes da prática esportiva, especialmente para atletas de alta performance. Essa avaliação deve incluir histórico familiar, características do esporte praticado, eletrocardiograma de repouso e, em alguns casos, ecocardiograma e teste ergométrico. “As diretrizes internacionais, cada vez mais seguidas no Brasil, sugerem uma abordagem estratificada, com exames complementares de acordo com os riscos identificados na anamnese”, complementa.

O diagnóstico precoce pode salvar vidas. Identificar condições como a cardiomiopatia hipertrófica permite implementar medidas de segurança, como monitoramento cardíaco constante, ajustes nos treinos, uso de medicações específicas e, em casos graves, a implantação de desfibriladores automáticos implantáveis. “Tudo isso pode salvar vidas e até permitir que o atleta continue competindo, desde que com o devido acompanhamento”, ressalta o cardiologista.

O episódio que vitimou João Gabriel é um alerta para a importância dos exames preventivos e do respeito à individualidade de cada coração. “Prevenir é, sobretudo, reconhecer que cada coração tem uma história — e merece ser ouvido antes da linha de largada”, conclui Guimarães.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa, reforçando a necessidade de atenção redobrada da medicina esportiva para proteger a vida dos jovens atletas. Curta, compartilhe e comente para ajudar a disseminar essa mensagem vital!

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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