“Na minha última crise queriam me entubar”: os desafios da DPOC e a esperança de um novo tratamento

Paciente com DPOC relata dificuldades diárias e a expectativa pela incorporação de terapia inovadora nos planos de saúde

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma condição que afeta a capacidade respiratória e impacta profundamente a rotina de quem convive com ela. Alex Manesco, paciente de 63 anos, compartilha sua experiência com a doença, que chegou a ameaçar sua vida: “Na minha última crise queriam me entubar”, revela. Seu relato, obtido por meio de dados da assessoria de imprensa, evidencia os desafios enfrentados diariamente por milhares de brasileiros.

Diagnosticado em 2010 após apresentar sintomas relacionados ao tabagismo, Alex precisou adaptar sua vida para lidar com limitações que vão desde atividades simples, como subir escadas, até tarefas básicas do dia a dia. “O médico me disse que [os sintomas] estavam levando mais para um enfisema [pulmonar] ou DPOC, por causa da quantidade de cigarros que eu fumava e que isso ia me matar”, conta. Apesar das dificuldades, ele mantém sua atividade como motorista de aplicativo, o que é uma exceção para muitos pacientes que acabam afastados do trabalho devido à doença.

A DPOC é a terceira maior causa de mortalidade no mundo e a quinta no Brasil, afetando especialmente pessoas acima dos 40 anos. O pneumologista Adalberto Rubin destaca a importância de identificar os sintomas precocemente: “Os sintomas da DPOC surgem de forma lenta e podem passar despercebidos no início. Por isso, é importante se atentar se há falta de ar ao fazer atividades simples como subir escadas.” A doença não só compromete a saúde, mas também gera um impacto socioeconômico significativo, com custos superiores a R$ 1 bilhão relacionados a aposentadorias precoces no Brasil entre 2014 e 2023.

Uma nova esperança para pacientes com DPOC associada à inflamação tipo 2 — um subtipo que agrava as crises e piora a função pulmonar — está em avaliação pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O dupilumabe, imunobiológico aprovado pela Anvisa em 2024, é a primeira terapia inovadora que atua bloqueando as interleucinas 4 e 13, responsáveis por essa inflamação. Estudos indicam que o medicamento pode reduzir em até 34% as crises da doença, trazendo uma melhora significativa na qualidade de vida dos pacientes.

O Dr. Rubin reforça a importância do acesso a tratamentos inovadores: “É fundamental que os pacientes tenham acesso aos tratamentos mais inovadores, não apenas para melhorar sua qualidade de vida, mas também para reduzir o impacto socioeconômico que a doença pode causar.” A consulta pública da ANS para a incorporação do dupilumabe nos planos de saúde está aberta até 1º de setembro, representando um passo crucial para ampliar o acesso a essa terapia.

A história de Alex e os avanços no tratamento da DPOC mostram que, apesar dos desafios, a ciência avança para oferecer novas alternativas que podem transformar a vida de quem convive com essa doença. Ficar atento aos sintomas e apoiar iniciativas que ampliem o acesso a tratamentos inovadores são atitudes essenciais para enfrentar a DPOC com mais esperança e qualidade de vida.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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