Infertilidade masculina: desinformação faz homens adiarem diagnóstico e tratamento

O Dia Mundial da Conscientização sobre a Infertilidade, celebrado em 4 de junho, destaca um tema ainda pouco debatido: a infertilidade masculina. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 15% dos casais em idade reprodutiva enfrentam dificuldades para ter filhos, e aproximadamente 40% desses casos são atribuídos à infertilidade masculina. No Brasil, isso representa cerca de 3,2 milhões de homens afetados.

Apesar da prevalência significativa, o assunto ainda é cercado por tabus e desinformação, o que faz com que muitos homens evitem ou adiem a busca por ajuda médica. O urologista e andrologista Dr. Kauy Victor Martinez Faria, da clínica VidaBemVinda, unidade do Fertgroup, destaca que o diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de sucesso no tratamento. “Com os avanços da medicina e o apoio de profissionais qualificados, é possível encontrar soluções eficazes”, afirma.

As causas da infertilidade masculina são variadas e podem ser divididas em três grupos principais: pré-testiculares, testiculares e pós-testiculares. Entre os fatores pré-testiculares estão problemas hormonais e condições sistêmicas como obesidade, diabetes e apneia do sono. Já os fatores testiculares envolvem alterações diretas nos testículos, como varicocele, criptorquidia, infecções e traumas. Por fim, os fatores pós-testiculares referem-se a obstruções nos canais que transportam os espermatozoides, além de infecções genitais e malformações.

Para prevenir a infertilidade, o especialista recomenda hábitos saudáveis, como manter uma dieta equilibrada, praticar exercícios físicos, evitar tabaco e álcool, proteger-se contra infecções sexualmente transmissíveis e reduzir a exposição a ambientes com altas temperaturas e substâncias tóxicas.

O diagnóstico é feito por meio de exames como o espermograma e testes hormonais, que identificam a quantidade e qualidade dos espermatozoides e possíveis alterações hormonais. Dependendo da causa, o tratamento pode incluir cirurgia para varicocele, reposição hormonal ou técnicas de reprodução assistida, como Fertilização In Vitro (FIV) e Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides (ICSI). “Essas inovações oferecem novas esperanças, transformando o cenário em uma jornada viável e cheia de possibilidades”, ressalta Dr. Kauy.

A desinformação, especialmente propagada por fake news nas redes sociais, é um grande obstáculo. Mitos como “infertilidade é sempre hereditária” ou “usar roupas apertadas causa infertilidade” dificultam o acesso ao diagnóstico correto. “A falta de informações corretas e confiáveis nas plataformas digitais faz com que essas falsas crenças se espalhem rapidamente, dificultando o acesso ao tratamento adequado”, alerta o especialista.

Além disso, o estigma e o receio afastam muitos homens dos consultórios. Pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia mostra que 46% dos homens acima de 40 anos só procuram atendimento médico quando apresentam sintomas, percentual que sobe para 58% entre os usuários do SUS.

É fundamental que os homens tenham acesso a informações confiáveis e que o tema seja discutido abertamente para que mais pessoas busquem ajuda sem medo. “A quebra de tabus e o acesso à informação são ferramentas essenciais para que mais homens busquem tratamento precocemente, aumentando assim as chances de realizarem o sonho da paternidade”, conclui Dr. Kauy Victor Martinez Faria.

Este conteúdo foi elaborado com base em dados e informações fornecidas pela assessoria de imprensa do Fertgroup.
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Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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