Setor médico lidera denúncias de assédio por gestores e revela falhas na responsabilização

Pesquisa da Aliant aponta que 22,3% das denúncias em 2024 vieram da área da saúde, com 57,4% envolvendo assédio por líderes

Uma recente pesquisa da Aliant, empresa especializada em Governança, Compliance, Ética, Privacidade e ESG, revelou dados alarmantes sobre o ambiente organizacional no setor de serviços médicos. Segundo o levantamento “Panorama Setorial dos Canais de Denúncias – 2ª edição”, em 2024, o setor médico concentrou 22,3% de todas as denúncias registradas por canais independentes, tornando-se o mais denunciado entre os setores analisados.

O estudo, que analisou mais de 8 mil denúncias anonimizadas recebidas ao longo de 2024, destaca que 57,4% dessas denúncias estão relacionadas a assédio e condutas inadequadas praticadas por líderes e gestores. Esse dado acende um alerta sobre a cultura organizacional em hospitais, clínicas e demais empresas da área da saúde, onde o ambiente ético parece fragilizado.

Outro aspecto preocupante é o perfil dos denunciantes: 73% das denúncias foram feitas por mulheres, e quase 70% optaram pelo anonimato. Esse cenário indica que o medo de retaliação ainda é muito presente, e que os canais de denúncia são vistos como o único espaço seguro para relatar irregularidades. Apesar disso, o setor mantém um índice de confiança no canal de denúncias, com um Net Trust Score (NTS) de 4,2, equivalente à média nacional.

No entanto, a pesquisa aponta uma falha significativa na responsabilização dos casos. Apenas 26,2% das denúncias consideradas procedentes resultaram em medidas disciplinares, número inferior à média geral de 32,8%. Nos casos mais graves, como assédio, preconceito e discriminação, a responsabilização formal caiu para apenas 20,3%.

Mauricio Fiss, Diretor Executivo da Aliant, comenta: “Quando vemos um volume alto de denúncias, principalmente contra lideranças, aliado à baixa taxa de responsabilização, temos um sinal de alerta: o canal está funcionando como termômetro de um ambiente ético fragilizado, mas o ciclo da integridade ainda não se fecha.”

Outro dado relevante é o tempo médio de apuração das denúncias no setor médico, que é de 43 dias, sendo 51 dias para denúncias qualificadas. Esse prazo é considerado positivo, pois indica respostas mais rápidas em comparação com outros segmentos. Contudo, apenas 58% dos relatos foram considerados qualificados, abaixo da média geral de 68%, sugerindo a necessidade de maior clareza sobre o que e como denunciar.

A Aliant reforça que o canal de denúncias deve ser um instrumento de transformação, que vai além de simplesmente ouvir as reclamações. “Sem acolhimento, investigação qualificada e responsabilização, a confiança se quebra”, conclui Fiss.

Esses dados, fornecidos pela assessoria de imprensa da Aliant, evidenciam a urgência de ações efetivas para melhorar a cultura ética no setor médico, garantindo ambientes de trabalho mais seguros e respeitosos para todos.

E você, já presenciou ou enfrentou situações semelhantes no ambiente de trabalho? Compartilhe sua opinião e ajude a ampliar essa importante discussão!

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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