Justiça que tarda e falha: debate gratuito sobre violência contra a mulher em BH

No próximo dia 6 de setembro, a Academia Mineira de Letras (AML), em Belo Horizonte, sediará o evento gratuito “Violência contra as mulheres: a justiça que tarda e falha”, dentro do projeto Sábados Feministas. A iniciativa visa discutir as múltiplas formas de violência que mulheres enfrentam ao buscar proteção na Justiça, incluindo discriminação, desvalorização da palavra feminina e preconceitos enraizados no sistema jurídico.

O debate contará com a participação dos advogados e ativistas Rodrigo da Cunha Pereira e Isabel Araújo, que trazem vasta experiência na defesa dos direitos das mulheres. Rodrigo, considerado o primeiro advogado feminista do Brasil, destaca que “a falha e a discriminação acontece porque a Justiça ainda é masculina – 70 a 80% dos cargos ocupados na magistratura ainda é de homens – e machista”. Ele ressalta o trabalho do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), que luta pela inclusão de grupos marginalizados e pela aplicação do “Protocolo de julgamento pela perspectiva de gênero”, criado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para considerar o contexto patriarcal nos processos jurídicos, especialmente no Direito de Família.

Isabel Araújo, especialista em Direito das Mulheres e presidente da Comissão de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres da OAB-Minas, reforça a importância de incorporar a perspectiva de gênero na atuação jurídica. Ela afirma que “nesta área, as mulheres, de maneira geral, sofrem preconceito por parte de advogados, juízes etc. E se são advogadas feministas, o preconceito é ainda maior”. Isabel atua principalmente na defesa de mulheres em situação de violência e busca transformar o Direito em uma ferramenta real de proteção e emancipação feminina.

O evento, que terá início às 10h com abertura dos portões às 9h30, acontece na sede da AML, localizada na Rua da Bahia, 1466, Lourdes. A entrada é gratuita e aberta ao público. O Sábados Feministas é uma iniciativa da AML em parceria com o movimento Quem Ama Não Mata, com patrocínio do Instituto Unimed-BH e apoio do Esquina Santê.

Essa é uma oportunidade importante para ampliar o debate sobre o machismo estrutural presente no sistema judicial e refletir sobre como a Justiça pode ser um instrumento efetivo de proteção para as mulheres vítimas de violência. O evento reforça a urgência de mudanças para garantir que a Justiça não seja mais um espaço de violência e exclusão, mas sim de acolhimento e reparação.

Para mais informações, a assessoria de imprensa da AML está disponível para entrevistas e registros. Não perca essa chance de participar de um diálogo fundamental para a promoção dos direitos das mulheres e o combate à violência de gênero.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

Matérias Relacionadas:

Congresso Agosto Lilás 2025 na ALESP reforça combate à violência contra a mulher Superlógica lança campanha Agosto Lilás para combater violência contra a mulher em condomínios Agosto Lilás reforça combate à violência contra a mulher com campanha que nomeia todas as formas de agressão No estádio e na vida: OAB promove campanha contra a violência à mulher no Heriberto Hülse