SUS amplia prevenção do câncer de colo do útero com exame de DNA-HPV

Novo teste molecular detecta 14 tipos de HPV e promete maior precisão no diagnóstico precoce

O Sistema Único de Saúde (SUS) iniciou a oferta do exame de DNA-HPV, uma tecnologia nacional inovadora para o rastreamento do câncer de colo do útero. Disponível em unidades básicas de saúde de 12 estados e no Distrito Federal, o teste molecular identifica 14 genótipos do papilomavírus humano (HPV) antes que o vírus provoque lesões, ampliando a prevenção dessa doença que é a terceira mais frequente entre mulheres no Brasil.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o exame de DNA-HPV possibilita um diagnóstico precoce mais eficaz, aumentando as chances de cura. Estima-se que mais de 17 mil brasileiras receberão diagnóstico de câncer de colo do útero em 2025, conforme o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

O cirurgião oncológico Reitan Ribeiro, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), explica que o novo teste é semelhante ao papanicolau na coleta da amostra, realizada durante o exame ginecológico, mas se diferencia pela precisão. Enquanto o papanicolau detecta alterações celulares causadas pelo vírus, o DNA-HPV identifica diretamente o material genético do vírus, mesmo em mulheres assintomáticas.

“O principal benefício é a redução de resultados inconclusivos. Isso permitirá intervalos maiores entre os exames, passando a ser de a cada cinco anos, ao invés de três. Além disso, reserva o papanicolau para casos em que já houve detecção prévia de alteração identificada no DNA-HPV”, destaca Ribeiro.

Desenvolvido pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná (Fiocruz), o exame será gradualmente disponibilizado em todo o país até o final de 2026, abrangendo pessoas com útero entre 25 e 64 anos.

A SBCO ressalta que essa iniciativa integra um esforço maior do SUS no combate ao câncer de colo do útero, que inclui a oferta da videolaparoscopia para tratamento minimamente invasivo e a retomada da vacinação contra o HPV nas escolas. “O Brasil está caminhando no trilho correto, rumo à meta de ter a próxima geração livre dessa doença”, celebra Reitan Ribeiro.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu três metas para eliminar o câncer de colo do útero como problema de saúde pública: vacinar 90% das meninas de 9 a 14 anos contra o HPV, rastrear 70% das mulheres entre 35 e 45 anos com o teste DNA-HPV e tratar 90% das mulheres com lesões iniciais.

Quando detectado precocemente, o câncer de colo do útero tem chances de cura superiores a 90%. O tratamento pode envolver cirurgia, radioterapia e quimioterapia, dependendo do estágio da doença, conforme o presidente da SBCO, cirurgião oncológico Rodrigo Nascimento Pinheiro. Avanços recentes em técnicas cirúrgicas menos invasivas, imunoterapia e terapias-alvo também contribuem para melhorar a sobrevida e a qualidade de vida das pacientes.

Nos estágios iniciais, o câncer de colo do útero pode ser silencioso, mas sinais como sangramento vaginal anormal, corrimento com odor desagradável, dor pélvica e desconforto durante relações sexuais devem ser observados. A infecção persistente pelo HPV é a principal causa, prevenível com vacinação e hábitos seguros, como o uso de preservativos e evitar o tabagismo.

Este conteúdo foi elaborado com informações da assessoria de imprensa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica e do Ministério da Saúde, reforçando a importância do exame de DNA-HPV para a saúde feminina e a prevenção do câncer de colo do útero.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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