Violência digital exposta: adolescentes reagem a comentários reais em experimento social

Um experimento social realizado no Colégio Adventista de Petrópolis, no Rio de Janeiro, trouxe à tona a dura realidade da violência digital enfrentada por adolescentes. A ação, parte da campanha Quebrando o Silêncio promovida pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, expôs jovens de 15 a 17 anos a comentários ofensivos reais retirados da internet, revelando o impacto emocional dessas mensagens.

Durante a atividade, os estudantes receberam balões contendo frases agressivas, como “se morrer, ninguém vai sentir sua falta”. Ao estourá-los e ler as mensagens, muitos demonstraram espanto, indignação e até lágrimas. Uma aluna emocionada compartilhou que já havia recebido um comentário semelhante na vida real e ressaltou a importância de refletir antes de falar: “Temos que tomar cuidado com nossas falas. Nunca sabemos o que o outro está enfrentando e o peso que uma frase pode ter”.

Outros participantes também mostraram consciência sobre a gravidade das palavras. Emanuelle Kristian Bueno Carvalho destacou que “falar isso para alguém sem pensar nas consequências que pode causar é desumano” e refletiu sobre sua própria postura, afirmando que não tem o costume de usar palavrões. Já Miguel Nolasco Gimenes admitiu que, no passado, poderia ter feito comentários semelhantes, mas hoje entende que “não se pode falar, é errado” por respeito ao outro.

A psicóloga clínica Andrea de Lima Almeida Rojas, especialista em psicanálise, explica que a adolescência é um período crucial para a formação da identidade e autoestima, e que mensagens ofensivas nas redes sociais podem desencadear inseguranças, tristeza profunda, depressão e ansiedade. Dados recentes reforçam essa preocupação: três em cada 10 crianças e adolescentes já foram ofendidos na internet, segundo a pesquisa TIC Kids Online Brasil 2023. Além disso, crimes de ódio na internet ultrapassaram 74 mil casos em 2022, conforme a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos. Entre jovens de 13 a 18 anos, até 34,1% relataram ideias suicidas associadas ao cyberbullying, de acordo com a Fiocruz-SP.

A campanha Quebrando o Silêncio, realizada simultaneamente em oito países da América do Sul, tem como foco neste ano os riscos do mundo virtual e as formas de proteção contra a violência digital. Embora o Dia D da campanha ocorra no quarto sábado de agosto, diversas ações de conscientização são promovidas ao longo do ano em escolas, ruas e instituições, buscando sensibilizar a sociedade para o combate ao abuso e à violência, especialmente entre os jovens.

Este experimento social evidencia a urgência de promover um ambiente digital mais respeitoso e seguro, onde as palavras sejam usadas para apoiar e não para ferir. A conscientização e o diálogo são ferramentas essenciais para proteger a saúde mental e emocional das novas gerações.

(Conteúdo baseado em dados da assessoria de imprensa da Igreja Adventista do Sétimo Dia)

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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