Vacina contra herpes zoster pode reduzir risco de Alzheimer, aponta neuro da Unicamp

Estudos recentes indicam que imunização contra herpes zoster tem potencial para prevenir demência, mas especialistas pedem cautela

Dados recentes da assessoria de imprensa revelam que a vacina contra herpes zoster, conhecida por prevenir a reativação do vírus varicela-zoster, pode estar associada a uma redução no risco de desenvolver Alzheimer e outras formas de demência. Essa descoberta tem despertado grande interesse na comunidade médica e científica, embora ainda seja considerada preliminar.

Diversos estudos internacionais, realizados na Austrália, País de Gales e Estados Unidos, apontam para uma diminuição significativa na incidência de demência entre pessoas vacinadas com imunizantes como Zostavax e Shingrix. Por exemplo, na Austrália, uma pesquisa observacional com mais de 100 mil participantes mostrou uma redução de quase 30% no risco de demência em indivíduos vacinados. No País de Gales, o índice foi de 20%, enquanto nos Estados Unidos, estudos indicaram uma proteção de até 21% contra o desenvolvimento da doença.

Em 2024, uma meta-análise publicada na revista Brain and Behavior reuniu dados de mais de 100 mil pacientes e estimou uma redução média de 16% no risco de demência entre vacinados com as duas vacinas contra herpes zoster. Apesar desses resultados promissores, o neurocirurgião funcional da Unicamp, Dr. Marcelo Valadares, reforça a necessidade de cautela: “Ainda não podemos afirmar que a vacina contra o herpes zoster previne diretamente a demência, mas os dados obtidos impressionam e dão esperança. O padrão observado merece atenção e aprofundamento ao longo dos próximos anos.”

As hipóteses para essa possível proteção envolvem a prevenção da reativação viral e da neuroinflamação, a modulação imunológica ampliada promovida por vacinas com vírus vivos atenuados, e a redução de infecções e complicações neurológicas que podem agravar o quadro cognitivo. O vírus varicela-zoster pode ficar latente no sistema nervoso e, ao reativar-se, causar inflamação crônica que contribui para doenças neurodegenerativas.

Atualmente, a vacina contra herpes zoster é indicada para pessoas acima dos 50 anos para evitar complicações dolorosas da doença, estando disponível na rede privada e com previsão de incorporação ao SUS. Caso os efeitos neuroprotetores sejam confirmados, seu uso poderá ser ampliado, influenciando futuras políticas de saúde pública.

Enquanto isso, a prevenção do Alzheimer e outras demências continua baseada em hábitos saudáveis: alimentação equilibrada, exercícios físicos, sono regular, estímulos cognitivos e controle rigoroso de fatores como hipertensão, diabetes e colesterol. O tratamento, por sua vez, busca retardar a progressão dos sintomas e preservar a autonomia do paciente, com apoio multidisciplinar e atenção especial aos familiares.

Dr. Valadares destaca: “Estamos em um momento empolgante da pesquisa sobre doenças neurodegenerativas, com muitas descobertas em andamento. Mas é fundamental lembrar que correlação não é o mesmo que causa. Precisamos de estudos clínicos bem desenhados antes de transformar essas evidências em recomendações. Se confirmada a correlação, podemos estar diante de uma medida de prevenção acessível e eficaz contra uma das doenças mais impactantes da atualidade.”

Compartilhe este conteúdo para ajudar a ampliar o conhecimento sobre essa possível nova fronteira na prevenção do Alzheimer. Fique atenta às atualizações e cuide da sua saúde cerebral!

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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