Cirurgia oncológica: 90% dos pacientes passam por cirurgia, mas investimento é inferior a 30%

Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica alerta para o desequilíbrio nos recursos e aponta caminhos para melhorar o tratamento do câncer no Brasil

A cirurgia é um pilar fundamental no tratamento do câncer, mas, apesar de cerca de 90% dos pacientes oncológicos passarem por algum tipo de procedimento cirúrgico, os investimentos destinados a essa área ficam abaixo de 30% do total aplicado em Oncologia no Brasil. Esses dados foram apresentados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) em um recente webinar para jornalistas, promovido em parceria com a SENSU Consultoria de Comunicação.

Segundo o presidente da SBCO, Dr. Rodrigo Nascimento Pinheiro, aproximadamente 60% dos pacientes oncológicos são tratados por cirurgia em algum momento da jornada, seja para diagnóstico, estadiamento ou tratamento curativo e paliativo. Mais da metade dos cânceres sólidos iniciais são tratados exclusivamente com cirurgia, e cerca de 80% dos pacientes passam por cirurgias curativas ou paliativas. Além disso, 90% dos pacientes realizam procedimentos cirúrgicos para diagnóstico ou estadiamento.

Entretanto, os dados do DATASUS revelam um desequilíbrio preocupante nos investimentos públicos: em 2023, foram aplicados R$ 2,77 bilhões em quimioterapia, R$ 665 milhões em radioterapia e apenas R$ 1,5 bilhão em cirurgia oncológica. “Temos um investimento global pequeno para a segunda – quase primeira – causa de morte no mundo. Quando se compara esses três pilares, vemos que há um grande desequilíbrio”, afirma Dr. Pinheiro.

Além da necessidade de ampliar os recursos, o presidente da SBCO destaca a importância de redirecionar os investimentos para ações de prevenção e rastreamento, que são comprovadamente eficazes para reduzir a incidência do câncer e os custos associados. Atualmente, a maior parte dos recursos é destinada a tratamentos de última linha, em fases avançadas da doença, com resultados clínicos limitados e gastos elevados.

Outro ponto crítico é a desigualdade no acesso aos centros públicos de assistência ao câncer, que estão concentrados principalmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Essa concentração obriga pacientes de outras regiões a peregrinarem em busca de atendimento, tornando o local de residência um fator determinante para o prognóstico da doença.

Para aprimorar a oncologia no país, Dr. Pinheiro sugere fortalecer a especialidade cirúrgica com profissionais bem treinados, criar redes hospitalares eficientes com centralização de casos complexos em centros de referência, valorizar o Sistema Único de Saúde (SUS), melhorar a gestão e governança e incentivar a inovação em técnicas e modelos de cuidado. “Esses elementos são fundamentais para oferecer um cuidado cada vez mais eficiente e humanizado, beneficiando milhares de pacientes em todo o país”, conclui.

Este panorama, baseado em dados da assessoria de imprensa da SBCO, reforça a urgência de reequilibrar os investimentos em oncologia, ampliando o acesso e a qualidade dos serviços cirúrgicos, essenciais para o tratamento do câncer no Brasil. Compartilhe essa informação e ajude a promover um debate necessário sobre a saúde pública oncológica no país.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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