Avanços no tratamento do câncer de pulmão aumentam sobrevida, mas prevenção continua essencial
Novas terapias revolucionam o combate ao câncer de pulmão, enquanto a prevenção e o diagnóstico precoce permanecem fundamentais
O câncer de pulmão é o tumor que mais causa mortes no mundo, com cerca de 1,8 milhão de óbitos anuais, segundo dados de 2024 da Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (Iarc), ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, a situação também é alarmante, com mais de 30 mil mortes por ano, sendo o câncer de maior mortalidade no país, conforme o Atlas de Mortalidade por Câncer (2023). Estima-se que em 2025, mais de 32 mil novos casos serão diagnosticados, posicionando a doença como o 4º câncer mais comum entre homens e o 5º entre mulheres, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
A principal causa do câncer de pulmão, responsável por 85% dos casos globalmente, é o tabagismo. Dados da Doctoralia, maior plataforma de saúde do mundo, mostram que em 2024 houve mais de 15 mil buscas por informações sobre a doença, refletindo a preocupação da população. Apesar disso, a prevenção ainda é a maior defesa contra o câncer de pulmão.
Nos últimos anos, avanços significativos no tratamento têm trazido esperança. Um estudo apresentado na reunião anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco) 2025 revelou que a combinação do medicamento lurbinectedina com a imunoterapia atezolizumabe reduziu em 46% o risco de morte ou progressão do câncer de pulmão de pequenas células, um tipo agressivo que representa cerca de 15% dos casos. O oncologista Fernando Chicoski destaca que “hoje conseguimos entender melhor a biologia de cada subtipo de neoplasia e assim definir um tratamento específico para cada caso”, ressaltando a importância da avaliação individualizada para cada paciente.
Apesar dos avanços, o diagnóstico precoce ainda é um desafio. A recomendação para pessoas acima de 50 anos que fumam ou pararam há menos de 15 anos é realizar uma tomografia computadorizada de baixa dose anualmente, mas apenas 10% da população-alvo faz esse rastreamento. O Ministério da Saúde e o INCA estudam a incorporação oficial dessa diretriz.
Além do tabagismo, outros fatores de risco têm ganhado atenção, como histórico familiar, exposição à poluição, agentes ocupacionais (amianto, sílica, fumaça de carvão e diesel) e doenças pulmonares crônicas. O aumento de casos em não fumantes, especialmente mulheres, reforça que o câncer de pulmão não é exclusivo de fumantes.
Sintomas como tosse persistente, dor no peito, falta de ar, sangue no escarro, perda de peso e fadiga intensa não devem ser ignorados, mesmo em quem nunca fumou. “O segredo é não normalizar sintomas duradouros. Quando o câncer de pulmão é diagnosticado em fases iniciais, as chances de tratamento curativo aumentam de forma significativa”, alerta Chicoski.
Portanto, a combinação entre hábitos preventivos, atenção aos sintomas e os avanços terapêuticos oferece um novo horizonte para quem enfrenta o câncer de pulmão. A prevenção continua sendo a maior arma contra essa doença que impacta tantas vidas.
Este conteúdo foi elaborado com dados da assessoria de imprensa.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA