Saúde Mental no Pós-Parto: Como Cuidar do Corpo e da Mente na Maternidade

Especialista destaca a importância do preparo emocional e físico para enfrentar os desafios do pós-parto com apoio e informação

A chegada do bebê é um momento repleto de emoções, mas também pode trazer desafios significativos para a saúde física e mental da mulher. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 40 milhões de mulheres por ano enfrentam complicações prolongadas após o parto, muitas vezes subestimadas e subnotificadas. Por isso, o cuidado no pós-parto exige atenção especial, indo além do preparo tradicional com o enxoval e o quarto do bebê.

A ginecologista obstetra Carolina Ferrari, coordenadora do Estágio de Saúde da Mulher do Centro Universitário Integrado de Campo Mourão (PR), reforça que o preparo para a maternidade começa com informação, acolhimento e apoio à saúde da mulher. “O pré-natal tem papel fundamental para identificar fatores de risco e iniciar tratamentos que previnem complicações no parto e no pós-parto”, explica a médica.

Durante a gestação, o corpo da mulher passa por mudanças hormonais, físicas e emocionais que podem gerar cansaço, dúvidas e inseguranças. Nesse cenário, a construção do plano de parto é uma ferramenta importante para garantir autonomia e segurança. “O plano de parto é um documento onde a gestante expressa seus desejos sobre o trabalho de parto e o pós-parto, assegurando o direito à informação e à tomada de decisões conscientes”, destaca Carolina. A humanização do parto valoriza o respeito à mulher, a atuação da equipe multidisciplinar e as boas práticas médicas.

Outro desafio comum no pós-parto é a amamentação. Embora seja um processo natural, muitas mulheres enfrentam dificuldades como dor e dúvidas sobre a pega correta. A médica alerta para a importância de se preparar durante a gestação, aprendendo sobre a fisiologia da amamentação para evitar frustrações iniciais. “Mitos como ‘seu leite é fraco’ fragilizam a mulher, que muitas vezes desiste da amamentação por falta de orientação. Com apoio e informação, a amamentação tende a se estabelecer naturalmente”, observa.

A saúde mental materna merece atenção especial. O chamado blues puerperal, caracterizado por oscilações emocionais nos primeiros 15 dias após o parto, é comum, mas quando os sintomas se intensificam, pode indicar depressão pós-parto, que tem tratamento. “Chorar sem motivo, sentir rejeição ou tristeza constante são sinais que precisam de acompanhamento”, alerta a especialista. A rede de apoio é fundamental, e Carolina destaca que o pai deve participar ativamente das tarefas domésticas e do cuidado com os filhos, dividindo responsabilidades.

Mais do que preparar o berço, é essencial preparar o coração da mulher para a maternidade. Para isso, a ginecologista sugere cinco dicas práticas: buscar informação de qualidade, conversar sobre os sentimentos, construir uma rede de apoio, respeitar os próprios limites e criar momentos de conexão com o bebê, como ouvir música e conversar com a barriga.

Com acompanhamento humanizado, acesso à informação confiável e suporte emocional, a experiência da maternidade pode ser vivida de forma mais leve e saudável. Afinal, cuidar da saúde física e mental no pós-parto é cuidar da mãe para que ela possa cuidar do seu bebê com amor e segurança.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa do Centro Universitário Integrado.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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