“Cronofagia”: a estreia poética de Carla Brasil que devora o tempo com sarcasmo e sensibilidade

A multiartista Carla Brasil chega com tudo em sua estreia literária “Cronofagia” (Editora Appris), uma obra que funde palavra e imagem para criar uma poesia cortante, sarcástica e brutalmente sensível sobre o tempo e os abismos do presente. Com prefácio do renomado cineasta, dramaturgo e poeta Ruy Guerra, o livro reúne 37 poemas que não apenas expressam angústias, mas também funcionam como um manifesto poético que escancara as feridas de uma era que promete ganho de tempo, mas só oferece cansaço.

Segundo dados da assessoria de imprensa, “Cronofagia” é uma explosão estética e existencial. Carla Brasil não se limita à palavra escrita: ela também assina a direção criativa do projeto gráfico, integrando o pensamento poético com as ilustrações de Daniel Uires. Essa união entre texto e imagem não é meramente ilustrativa, mas parte essencial da narrativa, ampliando a experiência do leitor.

O tempo, personagem central dos poemas, é abordado como um algoz invisível que atravessa, escapa e consome. A autora explora temas como a ansiedade digital, a compressão da subjetividade e o esgotamento da produtividade, revelando o paradoxo cruel da contemporaneidade. “Esse jogo perverso entre aceleração e esgotamento está no cerne do livro”, explica Carla Brasil. Sua escrita combina ironia, sarcasmo e um vasto vocabulário para provocar o leitor, sugerindo que identidade, memória e amor são fluidos e permeados por hiatos e delírios.

Ruy Guerra destaca a densidade da obra, que vai do escracho ao sutil, da filosofia ao esgoto, sempre com domínio da forma e da fúria. Ele define a autora como “nefelibata com pés no esgoto”, ressaltando sua habilidade única de conjugar abstração filosófica e crueza cotidiana. O livro abre com uma paródia do hino nacional que marca a vocação do abismo da autora, trocando adjetivos patrióticos por palavras catárticas que falam do ontem e do hoje do Brasil.

Carla Brasil, que já foi reconhecida em premiações literárias nacionais, como o Prêmio Poesia Agora – Primavera 2020 e a Seleção Poesia Brasileira Poetize 2021, traz em “Cronofagia” uma escrita que recusa o conforto e reivindica o direito de sentir, mesmo que isso doa. A obra é um retrato impiedoso de um tempo ansioso, barulhento e vazio, onde a linguagem afiada enfrenta o colapso cotidiano com vigor poético.

Trechos como o do poema “Hino Marginal Brasileiro” e “Clichês do tempo” ilustram a força da voz da autora, que não hesita em denunciar a realidade com brutalidade e lirismo. “Cronofagia” estará disponível em breve no site da Editora Appris, convidando leitores a mergulharem nessa poesia suja, sarcástica e sensível que desafia o tempo e a existência contemporânea.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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