Joan Garriga destaca ética, humildade e escuta na Constelação Familiar em live do CECS
Psicólogo espanhol reforça postura terapêutica respeitosa e alerta contra interpretações autoritárias na abordagem sistêmica
O Centro de Excelência em Constelações Sistêmicas (CECS) promoveu, no dia 9 de agosto de 2025, uma live especial com a participação do psicólogo espanhol Joan Garriga Bacardí, referência internacional na abordagem fenomenológica sistêmica. O encontro teve como tema central “Ética e postura terapêutica na Constelação Familiar” e contou com tradução consecutiva da terapeuta Nati Kopacheski, do projeto Sim à Vida.
Joan Garriga enfatizou a importância da humildade, da escuta ativa e da presença respeitosa diante do cliente. “A relação é o mais desafiador. O cliente não vem pronto. Ele chega como pode, e nosso trabalho começa ali”, afirmou. Para ele, o terapeuta deve estar atento para não assumir uma postura autoritária ou interventiva, especialmente em casos delicados como doenças terminais. “Não devemos operar como oráculos. A Constelação precisa servir ao cliente, não à vaidade do terapeuta”, alertou.
A presidente do CECS, médica e psicoterapeuta Dagmar Ramos, que mediou o evento, reforçou a necessidade de estabelecer padrões éticos responsáveis na prática da Constelação Familiar no Brasil. Ela destacou que a abordagem não é uma solução mágica, mas uma escuta profunda do campo e da alma. Dagmar também chamou a comunidade a se engajar na defesa da abordagem e convidou à associação ao CECS, entidade fundada em 2024 que busca o avanço científico e institucional da prática.
Durante a live, Garriga criticou o uso de “fantasias terapêuticas” — interpretações infundadas que alguns consteladores impõem aos clientes, como afirmar a existência de irmãos gêmeos não nascidos sem comprovação. Ele explicou que a postura ideal é a do “não saber”, característica da fenomenologia, que privilegia o diálogo e a construção conjunta do sentido da Constelação, respeitando a voz e a experiência do cliente.
O psicólogo também compartilhou sua visão sobre a autoridade do terapeuta, que não deve guiar o cliente, mas estar atento ao que acontece consigo mesmo para servir à relação terapêutica. Ele defende que o terapeuta “ande um passo atrás” do cliente, evitando infantilizá-lo ou controlar o processo.
O encontro trouxe ainda relatos emocionantes, como o episódio vivido por Dagmar ao lado de Bert Hellinger, fundador das Constelações Familiares, que exemplificou a importância da humildade e da abertura para múltiplas interpretações no trabalho terapêutico.
Com mais de duas décadas de experiência, Joan Garriga é autor do livro ‘Constelar a Vida – Do Amor Cego ao Amor Lúcido’ e reconhecido por sua condução delicada e firme em casos complexos. Ele estará em eventos no Brasil em novembro de 2025, promovendo aprofundamentos na prática da Constelação Familiar.
Este conteúdo foi elaborado com informações da assessoria de imprensa do CECS.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA