Tecnologia e IA podem substituir o toque humano na Medicina? Reflexões essenciais
No Fórum Saúde & Bem-Estar, especialistas destacam que tecnologia e humanidade devem caminhar juntas na prática médica
Com o avanço acelerado da inteligência artificial (IA) e outras tecnologias, uma pergunta tem ganhado destaque no universo da Medicina: será que a tecnologia pode substituir o olhar, o toque e a voz do médico? Essa reflexão foi o ponto central da palestra do cirurgião torácico J.J. Camargo durante o Fórum Saúde & Bem-Estar, realizado recentemente em Curitiba, conforme dados da assessoria de imprensa do evento.
J.J. Camargo, que realizou o primeiro transplante de pulmão no Brasil e na América Latina, ressaltou a importância da coexistência entre tecnologia e humanidade na Medicina. Segundo ele, “os avanços da tecnologia na área da inteligência artificial são irrefreáveis, ninguém pode remar contra essa correnteza, porque vai perder sempre”. No entanto, ele enfatiza que os sentimentos do paciente, como a necessidade de afeto e atenção, jamais poderão ser substituídos por máquinas.
O médico destacou que a humanização é uma qualificação essencial para o exercício da Medicina. “Gostar de gente é pré-requisito indispensável”, afirmou. Ele criticou a impessoalidade no atendimento, exemplificando que chamar um paciente por apelidos ou termos genéricos pode ser humilhante. “Médico tem que chamar pelo nome, ouvir a história, entender o que é importante para aquele paciente”, reforçou.
Para ilustrar a importância dos pequenos gestos, J.J. contou a história de uma menina de 9 anos na oncologia pediátrica, que se emocionava porque a médica Daniela sempre esquentava o estetoscópio antes de usá-lo. “Encostar um estetoscópio gelado na pele delicada de uma criança é um crime inadmissível”, disse ele, mostrando como detalhes simples fazem grande diferença para quem está sofrendo.
Além da humanização, o Fórum também abordou como a tecnologia pode ser aliada para melhorar a experiência do paciente. Cássio Zandoná, CEO do Eco Medical Center, apresentou iniciativas que usam IA para integrar informações médicas, evitar exames repetidos e tornar o atendimento mais eficiente e sustentável. “Nosso objetivo é tornar a jornada do paciente fluida, evitando a fragmentação dos cuidados”, explicou.
O evento ainda destacou a importância da saúde mental no ambiente corporativo, com a psicóloga Nazareth Ribeiro falando sobre a NR1, norma que obriga empresas a cuidar da saúde mental dos colaboradores, reforçando a necessidade de comunicação não violenta e atenção ao capital humano.
Em resumo, a mensagem do Fórum Saúde & Bem-Estar é clara: a tecnologia é uma ferramenta poderosa, mas jamais substituirá o toque humano, o olhar atento e a voz acolhedora do médico. Como disse J.J. Camargo, “tecnologia e humanidade precisam co-existir na Medicina” para garantir um atendimento verdadeiramente eficaz e humano.
Quer saber mais sobre como a tecnologia está transformando a Medicina sem perder a essência humana? Compartilhe este post e deixe seu comentário!

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA