Novo protocolo para gerenciamento do sangue pode salvar vidas maternas no Brasil

Entenda como a abordagem recomendada pela OMS ajuda a prevenir hemorragias e anemia na gestação

A mortalidade materna ainda é um desafio grave no Brasil, onde a cada dois minutos uma mulher perde a vida por complicações relacionadas à gravidez, parto ou pós-parto. Entre as principais causas diretas dessas mortes estão as hemorragias obstétricas, que podem ser prevenidas com cuidados adequados. Um novo protocolo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) chamado Gerenciamento do Sangue do Paciente (Patient Blood Management – PBM) surge como uma estratégia promissora para reduzir esses índices alarmantes.

O PBM propõe uma mudança de paradigma ao tratar o sangue como um órgão vital, focando na prevenção da anemia e no controle rigoroso das hemorragias durante a gestação e o parto. Segundo dados recentes da OMS, a redução da mortalidade materna estagnou em várias regiões, incluindo as Américas, onde a média é de 59 mortes por 100 mil nascidos vivos. No Brasil, a queda foi modesta, de 69 para 67 entre 2000 e 2023, evidenciando a necessidade de novas abordagens.

O protocolo PBM reúne práticas clínicas que evitam intervenções agressivas, como transfusões desnecessárias, priorizando a prevenção e o manejo precoce dos riscos. Na prática, isso significa corrigir a anemia já no pré-natal, o que melhora a função da musculatura uterina e ajuda a prevenir hemorragias antes que elas ocorram. Em casos de sangramento, equipes treinadas seguem protocolos estruturados para agir de forma rápida e segura.

A hematologista Dra. Lorena Corrêa, da UFPE, destaca os resultados positivos obtidos no CISAM, referência em saúde da mulher em Pernambuco: “Já temos resultados consistentes, com taxa de transfusão controlada e nenhuma morte materna por hemorragia em nosso serviço”. Essa experiência reforça o potencial do PBM para salvar vidas quando implementado com rigor e treinamento contínuo.

Especialistas como a professora Carmen Simone Grilo Diniz, da USP, ressaltam que o PBM deve estar integrado a políticas públicas e protocolos bem estruturados para ser eficaz. No Brasil, estados como São Paulo, Ceará, Pará, Bahia e Distrito Federal também estão adotando essa abordagem, e o Ministério da Saúde iniciou em 2025 ações para integrar o PBM às políticas nacionais de atenção obstétrica.

Com a ampliação do acesso ao pré-natal e a reorganização da assistência obstétrica por meio de iniciativas como a Rede Alyne, o Gerenciamento do Sangue do Paciente se apresenta como uma ferramenta técnica essencial para qualificar o cuidado materno. Incorporado de forma estruturada ao SUS, o modelo pode contribuir para um parto mais seguro, equitativo e centrado nas necessidades das mulheres, reduzindo mortes evitáveis por hemorragias e anemia.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa e dados oficiais recentes, reforçando a importância do PBM na saúde materna. Quer saber mais? Compartilhe este post e deixe seu comentário sobre como podemos avançar na proteção da vida das gestantes no Brasil!

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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