Automedicação: riscos ocultos que atrasam diagnóstico e comprometem sua saúde

Entenda por que o uso indiscriminado de medicamentos pode prejudicar seu tratamento e como hábitos saudáveis ajudam na prevenção

O consumo de medicamentos no Brasil atingiu um recorde em 2024, com gastos superiores a R$ 215 bilhões, segundo a Pesquisa IPC Maps. Esse aumento de 9,5% em relação ao ano anterior acende um alerta sobre o uso racional dos fármacos e a importância da prevenção para evitar doenças.

Ana Carla Broetto Biazon, pós-doutora em Ciências Biológicas e coordenadora do curso de Farmácia do Centro Universitário Integrado de Campo Mourão (PR), destaca que a automedicação é um hábito cultural e estrutural no país, que pode trazer sérios riscos à saúde. “Mesmo os medicamentos vendidos sem receita podem causar reações alérgicas, efeitos colaterais e intoxicações. Além disso, a automedicação pode mascarar sintomas de doenças graves, atrasando o diagnóstico e o tratamento adequado”, alerta.

A facilidade de acesso a remédios sem prescrição, somada à dificuldade de consultas médicas, faz com que muitas pessoas busquem na farmácia a solução imediata. Propagandas que incentivam o consumo de analgésicos e antitérmicos reforçam essa prática, que pode gerar prejuízos financeiros e de saúde.

Um exemplo preocupante é o uso contínuo de anti-inflamatórios não esteroidais, que podem causar danos gastrointestinais e renais. Analgésicos tomados de forma indiscriminada também podem afetar o fígado. “Mesmo medicamentos de venda livre devem ser usados com orientação de farmacêuticos ou médicos”, reforça Ana Carla.

A doutora Taísa Rocha Navasconi Berbert, coordenadora pedagógica do curso de Medicina do Integrado, complementa que o uso inadequado pode levar à dependência química e à resistência antimicrobiana. “Quem interrompe o tratamento antes do tempo mantém o agente infeccioso ativo. Cuidar da saúde exige responsabilidade”, destaca.

Para reduzir o consumo excessivo de medicamentos, a melhor estratégia é prevenir doenças por meio de hábitos saudáveis. “Alimentação equilibrada e exercícios regulares são essenciais para evitar doenças crônicas como hipertensão, diabetes tipo 2 e problemas cardiovasculares”, explica Ana Carla.

Pequenas mudanças, como reduzir sal, açúcar e alimentos ultraprocessados, dormir bem, controlar o estresse e realizar exames preventivos, têm impacto significativo na saúde a longo prazo. Caminhadas diárias, substituição de industrializados por naturais e momentos de lazer também contribuem para a qualidade de vida e diminuem a necessidade de medicamentos contínuos.

A educação em saúde é fundamental para conscientizar a população sobre os riscos da automedicação. “Iniciativas em escolas, empresas e comunidades podem promover um comportamento mais responsável e saudável”, analisa Ana Carla. O farmacêutico, presente nas drogarias, desempenha papel crucial ao orientar o uso correto dos medicamentos e encaminhar para atendimento médico quando necessário.

Reduzir os gastos bilionários com medicamentos não significa restringir o acesso, mas sim estimular a prevenção e o uso consciente. “O remédio certo, na dose certa e no tempo certo, pode salvar vidas. O uso indiscriminado traz riscos que podem ser evitados com informação, apoio profissional e uma rotina equilibrada”, conclui Ana Carla Broetto Biazon.

Este conteúdo foi elaborado com dados da assessoria de imprensa do Centro Universitário Integrado.

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EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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