Desejo sexual em relacionamentos longos: um olhar essencial para a saúde feminina
Entenda como a queda da libido em relações duradouras impacta a autoestima, a intimidade e o bem-estar emocional das mulheres
Dados recentes da assessoria de imprensa do Instituto GRIS destacam um tema ainda pouco explorado, mas fundamental para a saúde feminina: o desejo sexual em relacionamentos duradouros. Pesquisas indicam que a libido das mulheres tende a diminuir ao longo do tempo em relações estáveis, um fenômeno que vai além do aspecto íntimo e afeta diretamente a autoestima, a intimidade e a qualidade das conexões emocionais.
Segundo a médica Alexandra Ongaratto, especialista em ginecologia endócrina e climatério, “a queda no desejo não ocorre do dia para a noite. É resultado de uma combinação de fatores físicos, emocionais e relacionais: stress diário, rotinas exaustivas, desequilíbrio nas responsabilidades domésticas, alterações hormonais naturais e a diferença de expectativas entre os parceiros”. Quando não compreendido, esse declínio pode gerar distanciamento afetivo, inseguranças e até conflitos persistentes no casal.
Um levantamento importante para entender essa realidade é a pesquisa Natsal-3, realizada no Reino Unido com mais de 11 mil participantes. Os dados mostram que 34% das mulheres em relacionamentos estáveis relataram perda de interesse sexual por três meses ou mais, enquanto entre os homens esse índice é de 15%. Além disso, a queda no desejo feminino tende a se intensificar com o passar dos anos na mesma relação.
Outro estudo, conduzido pela Universidade de Turku, na Finlândia, acompanhou mulheres por sete anos e constatou que aquelas que permaneceram com o mesmo parceiro apresentaram uma redução mais acentuada no desejo sexual em comparação às que mudaram de relacionamento ou estavam solteiras. Isso sugere que a estabilidade, sem renovação na vida íntima, pode impactar negativamente a libido.
Para Alexandra, “não reconhecer essas transformações pode levar muitas mulheres a se sentirem inadequadas ou culpadas. Quando compreendem que o desejo é fluido e modulável, elas passam a buscar caminhos para restabelecer prazer e conexão, sem sensação de fracasso”. Ela reforça a importância do diálogo aberto com o parceiro ou mesmo da terapia para ressignificar a sexualidade ao longo da vida.
Um estudo publicado no Journal of Sex Research também chama atenção para a monotonia sexual como um fator mais forte para insatisfação relacional do que o nível de desejo em si, especialmente em relações longas. O tédio na vida sexual pode gerar desconexão emocional, mesmo quando o vínculo amoroso permanece.
Mais do que uma questão privada, o resgate do desejo em relações duradouras é uma estratégia para promover saúde emocional e relacional. “O desejo sustentável é um processo construído, que depende de diálogo, criatividade e acolhimento, não de culpa. Quando se abre espaço para isso, a intimidade pode florescer novamente”, conclui a médica.
O Instituto GRIS, pioneiro em saúde íntima feminina no Brasil, reforça seu compromisso com o bem-estar da mulher, oferecendo cuidado especializado e inovador para que cada mulher assuma o protagonismo em sua jornada de saúde.
Este conteúdo foi elaborado com base em dados e informações fornecidas pela assessoria de imprensa do Instituto GRIS.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA