Número de médicos geriatras no Brasil cresce 378% em 14 anos, mas ainda é insuficiente

Com o envelhecimento da população, a demanda por especialistas em geriatria aumenta, destacando desafios e avanços na área

Dados recentes da pesquisa Demografia Médica Brasileira 2025, divulgados pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), mostram um crescimento expressivo de 378,4% no número de médicos geriatras no Brasil nos últimos 14 anos. Em 2011, o país contava com 662 especialistas; hoje, esse número saltou para 3.167, o que representa 1,49 geriatras para cada 100 mil habitantes. Apesar do avanço, a SBGG reforça que a quantidade ainda está longe do ideal para atender à crescente população idosa.

O envelhecimento da população é uma realidade no Brasil. Segundo o Censo Demográfico de 2022, o número de pessoas com 60 anos ou mais aumentou 56% em relação a 2010, totalizando cerca de 32 milhões, o que equivale a 15,6% da população brasileira. Esse crescimento reforça a importância de cuidados especializados para garantir qualidade de vida e longevidade saudável.

O geriatra é o médico preparado para lidar com as particularidades do envelhecimento, atuando na prevenção, diagnóstico, tratamento e gerenciamento das múltiplas condições clínicas que acometem os idosos. Conforme explica o Dr. Marco Túlio Cintra, presidente da SBGG, o geriatra oferece um atendimento integrado, fundamental para lidar com doenças que exigem atenção multidisciplinar e cuidados personalizados, desde idosos plenamente funcionais até aqueles em cuidados paliativos.

A distribuição dos geriatras no Brasil ainda é desigual. A região Sudeste concentra 58,1% desses profissionais, seguida pelo Nordeste (16,9%), Sul (14,1%), Centro-Oeste (8,6%) e Norte (2,3%). Além disso, 65,1% dos geriatras atuam nas capitais, enquanto apenas 0,4% trabalham em cidades com menos de 100 mil habitantes, evidenciando a necessidade de ampliar o acesso em áreas menos urbanizadas.

Outro dado importante é a predominância feminina na especialidade, com 62,1% das médicas geriatras, e uma média de idade dos profissionais em torno de 46,8 anos, indicando um equilíbrio entre médicos experientes e jovens especialistas.

Para se tornar geriatra, o médico deve passar por residência médica em Clínica Médica e Geriatria ou comprovar experiência prática e treinamento em instituições credenciadas pela SBGG. A entidade também promove anualmente a prova para obtenção do Título de Especialista em Geriatria, em parceria com a Associação Médica Brasileira.

O crescimento do número de geriatras é motivo de comemoração, mas a SBGG destaca a necessidade de continuar incentivando a formação e a distribuição desses profissionais para garantir que o envelhecimento da população brasileira seja acompanhado por um cuidado médico qualificado e humanizado.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações fornecidas pela assessoria de imprensa da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

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