Telemedicina no Brasil: como a tecnologia está democratizando o acesso à saúde pública

Conheça os avanços e desafios da telemedicina no SUS, que conecta comunidades remotas a especialistas em tempo real

A telemedicina tem se mostrado uma ferramenta essencial para democratizar o acesso à saúde no Brasil, especialmente dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). Com base em dados fornecidos pela assessoria de imprensa da healthtech Portal Telemedicina, liderada por Rafael Figueroa, CEO da empresa, é possível entender como essa tecnologia está transformando o atendimento médico em regiões remotas do país.

Projetos como o Conexão Povos da Floresta, que atende comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas na Amazônia, e o programa Piauí Saúde Digital, que já realizou mais de 550 mil atendimentos via telemedicina, mostram o impacto real da telessaúde. Essas iniciativas conectam pacientes a especialistas em tempo real, eliminando a necessidade de longas viagens por rios ou estradas precárias, comuns em áreas isoladas do Norte e Nordeste.

A telemedicina no SUS inclui teleconsultas, telediagnósticos e teleinterconsultas, que facilitam o acesso a exames e segundas opiniões médicas. Por exemplo, eletrocardiogramas realizados em postos de saúde podem ser enviados digitalmente para análise, acelerando diagnósticos e tratamentos. Além disso, o monitoramento remoto de doenças crônicas, como diabetes, por meio de aplicativos, ajuda a prevenir complicações e melhora a qualidade de vida dos pacientes.

Apesar dos avanços, ainda existem desafios importantes para a consolidação da telemedicina no Brasil. A infraestrutura tecnológica é uma barreira significativa: segundo o IBGE, 22,6 milhões de brasileiros não têm acesso à internet em casa, dificultando o atendimento remoto em tempo real. Além disso, a proteção de dados pessoais, exigida pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), requer investimentos em sistemas seguros, que muitas unidades de saúde ainda não possuem.

Outro desafio é a resistência cultural, tanto de pacientes quanto de profissionais de saúde, que muitas vezes desconfiam do atendimento à distância. A capacitação dos médicos e técnicos é fundamental para que a telemedicina seja utilizada com segurança e eficiência. O financiamento público também precisa ser ampliado para garantir a expansão e manutenção dos programas de telessaúde.

A regulamentação avançou com a Lei 14.510/2022, que autoriza a prática da telemedicina e estabelece diretrizes para a segurança e capacitação profissional. A Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) contribui para a integração das informações entre diferentes serviços do SUS, facilitando a interoperabilidade.

A telemedicina representa, portanto, uma oportunidade única para tornar o SUS mais inclusivo, eficiente e equitativo. Para que isso aconteça, é necessário um esforço conjunto entre governo, iniciativa privada e sociedade, com foco em investimentos em conectividade, capacitação e proteção de dados. Assim, o acesso à saúde poderá deixar de ser um privilégio para se tornar um direito universal, alcançando todos os brasileiros, onde quer que estejam.

Quer saber mais? Compartilhe este post e deixe seu comentário sobre como a telemedicina pode transformar a saúde no Brasil!

👁️ 111 visualizações
🐦 Twitter 📘 Facebook 💼 LinkedIn
compartilhamentos

Comece a digitar e pressione o Enter para buscar

Comece a digitar e pressione o Enter para buscar