Infecções hospitalares elevam custos e ameaçam a vida de milhares de pacientes no Brasil
Saiba como as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde impactam a internação e a importância da higienização profissional
As infecções hospitalares, conhecidas tecnicamente como Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), continuam sendo um desafio grave para a saúde pública no Brasil. Dados recentes indicam que até 14% dos pacientes internados em hospitais brasileiros são afetados por essas infecções, que não só comprometem a qualidade do atendimento, mas também aumentam em até 55% o custo das internações. Essas infecções estão associadas a dezenas de milhares de mortes anuais, representando uma ameaça constante à vida dos pacientes.
Segundo informações da assessoria de imprensa da Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional (ABRALIMP), as IRAS ocorrem durante ou após o período de internação, geralmente a partir de 72 horas após a admissão hospitalar. Em casos de procedimentos cirúrgicos, o risco pode se estender por até um mês, ou até três meses quando há a colocação de próteses. Entre os tipos mais comuns estão infecções na corrente sanguínea relacionadas a cateteres venosos centrais, infecções urinárias em pacientes com sondas vesicais, pneumonias associadas à ventilação mecânica e infecções pós-cirúrgicas.
O infectologista Dr. Marcos Cyrillo, ex-diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e membro da Câmara Técnica da Anvisa, destaca que a prevenção dessas infecções depende de um conjunto rigoroso de medidas. Entre elas, estão protocolos específicos para a inserção e manutenção de dispositivos invasivos, higiene das mãos, isolamento de pacientes infectados, limpeza técnica e ambiental qualificada, além do uso racional de antimicrobianos, conhecido como programa de stewardship.
A higienização profissional dos ambientes hospitalares é apontada como uma das estratégias mais eficazes para conter a disseminação das IRAS. A ABRALIMP reforça que equipes de limpeza especializadas, utilizando métodos padronizados e produtos adequados, são essenciais para interromper a cadeia de contaminação em hospitais, clínicas e unidades de pronto atendimento. A limpeza técnica deve ser integrada aos protocolos de biossegurança, promovendo a colaboração entre profissionais da saúde e da limpeza.
Além disso, a legislação brasileira exige que todas as instituições de saúde mantenham um Programa de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH), com atuação da Comissão e do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH e SCIH). Esses órgãos monitoram os casos, atualizam protocolos e treinam continuamente os profissionais para garantir a segurança dos pacientes.
O tema será aprofundado no evento Higicon Experience, promovido pela ABRALIMP em setembro, que reunirá especialistas para discutir estratégias de combate às infecções hospitalares por meio da higiene profissional.
Este conteúdo foi elaborado com base em dados e informações fornecidas pela assessoria de imprensa da ABRALIMP, reforçando a importância da prevenção e do controle das infecções hospitalares para a saúde pública e o bem-estar dos pacientes.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA