Incompatibilidade genética na reprodução assistida: o que o caso de Mariana Rios nos ensina
Entenda os desafios emocionais e técnicos da fertilização in vitro diante de mutações genéticas compartilhadas entre casais
O recente relato da atriz Mariana Rios sobre sua dificuldade em engravidar por fertilização in vitro (FIV) trouxe à tona um tema pouco discutido, mas fundamental no universo da reprodução assistida: a incompatibilidade genética entre parceiros. Segundo informações da assessoria de imprensa do FertGroup, essa condição ocorre quando ambos os membros do casal carregam mutações no mesmo gene recessivo, aumentando o risco de doenças genéticas nos filhos.
De acordo com o Dr. Edward Carrilho, especialista em reprodução assistida da Fertility, unidade do FertGroup, a incompatibilidade genética é rara, mas pode impactar diretamente o sucesso da gestação. “Casais com essas alterações enfrentam maior risco de aborto, dificuldades para gerar uma criança e possibilidade de doenças graves nos filhos, como fibrose cística e anemia falciforme”, explica o especialista. Além disso, há outras formas de incompatibilidade, como a do fator Rh, que pode causar complicações imunológicas, e alterações cromossômicas balanceadas, detectadas por exames como o cariótipo.
O diagnóstico é feito por meio de testes genéticos específicos, que analisam centenas de genes relacionados a doenças recessivas. Esses exames são indicados especialmente para casais com histórico familiar, casamentos consanguíneos ou perdas gestacionais recorrentes. “A medicina reprodutiva tem o papel de identificar embriões saudáveis para o casal, utilizando técnicas como o PGT-M (teste genético pré-implantacional para doenças monogênicas)”, destaca Dr. Carrilho. Em situações em que não há embriões viáveis, o uso de gametas doadores pode ser uma alternativa.
Além dos desafios técnicos, o caso de Mariana Rios evidencia o impacto emocional que a descoberta de uma incompatibilidade genética pode causar. O processo exige decisões difíceis e, muitas vezes, o casal precisa reavaliar seu projeto de parentalidade. Contudo, os avanços da medicina reprodutiva oferecem esperança: a seleção genética dos embriões aumenta as chances de sucesso e permite que muitos casais realizem o sonho de ter filhos saudáveis.
Se você está passando por um tratamento de fertilidade ou conhece alguém nessa situação, compartilhar informações e buscar apoio profissional são passos essenciais. Queremos saber: você já ouviu falar sobre incompatibilidade genética? Como acha que a medicina pode ajudar a superar esses desafios? Deixe seu comentário, compartilhe este post e ajude a ampliar essa conversa tão importante!
(Fonte: Assessoria de Imprensa FertGroup)