Dia Mundial da Saúde Digestiva: doenças intestinais crescem 233% e impactam a saúde sexual masculina

Entenda a relação entre inflamações intestinais, produção hormonal e disfunção erétil no Brasil

No Dia Mundial da Saúde Digestiva, celebrado em 29 de maio, um alerta importante chama a atenção no Brasil: as doenças intestinais inflamatorias tiveram um aumento de 233% nos últimos oito anos, segundo dados da revista The Lancet Regional Health – Americas. Essa alta expressiva está ligada a fatores como alimentação inadequada, sedentarismo e hábitos de vida pouco saudáveis, que afetam diretamente a saúde do sistema digestivo e, surpreendentemente, também a saúde sexual masculina.

Entre as doenças intestinais mais comuns estão a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa, que apresentam sintomas como diarreia crônica com sangue, cólicas abdominais, fadiga e perda de peso. Além dos desconfortos intestinais, essas condições podem desencadear deficiências nutricionais e anemia, afetando até 30% dos pacientes em outras partes do corpo, como pele e articulações.

O impacto vai além do sistema digestivo. De acordo com o Dr. Paulo Egydio, PhD em Urologia, a inflamação intestinal pode interferir na produção de hormônios essenciais, como a testosterona, fundamental para a libido e a função erétil. “Quando há um quadro inflamatório persistente, a produção hormonal diminui, o que pode causar redução do desejo sexual e dificuldades para manter a ereção. Além disso, os medicamentos usados no tratamento dessas doenças também podem afetar a libido”, explica o especialista.

Outro ponto crucial é a interação entre o intestino, o cérebro e os hormônios sexuais. O microbioma intestinal influencia a produção de neurotransmissores ligados ao prazer e ao bem-estar, como dopamina e serotonina. A inflamação intestinal faz o corpo entrar em “modo emergência”, priorizando o sistema imunológico e reduzindo a testosterona circulante, o que compromete a função sexual masculina.

Estudos indicam que homens com Síndrome do Intestino Irritável têm o dobro de chances de apresentar disfunção erétil, devido à queda na produção de óxido nítrico, substância vital para a dilatação dos vasos sanguíneos durante a ereção. Além disso, a má absorção de nutrientes como magnésio e zinco, essenciais para a produção hormonal, agrava o problema.

Para prevenir essas complicações, o Dr. Paulo Egydio recomenda mudanças no estilo de vida: “Uma alimentação rica em fibras e probióticos naturais, evitar alimentos ultraprocessados, praticar exercícios físicos, controlar o estresse e manter boa hidratação são fundamentais. O sono também é essencial, pois regula hormônios como a testosterona durante a fase REM.”

Cuidar da saúde intestinal é cuidar da saúde sexual e do bem-estar geral. Se você apresenta sintomas como desconforto abdominal, alterações no hábito intestinal, queda no desejo sexual ou dificuldade para manter a ereção, procure um profissional de saúde para avaliação e tratamento adequados.

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