A Recorrência do Câncer de Mama: Entenda os Riscos e a Importância do Acompanhamento Contínuo
Conhecer os fatores que influenciam a volta do câncer de mama é fundamental para garantir um cuidado mais eficaz e personalizado às pacientes
O câncer de mama é uma das doenças que mais impactam a saúde da mulher no Brasil, representando cerca de 24,5% dos casos de câncer entre mulheres e sendo a principal causa de mortalidade por câncer no país. Apesar dos avanços significativos no diagnóstico e tratamento, um tema que ainda merece maior atenção é o risco de recidiva, ou seja, a possibilidade de o câncer voltar após o tratamento inicial.
Dados recentes da assessoria de imprensa da Novartis, com contribuições da oncologista clínica Dra. Maria Cristina Figueroa, destacam que a recidiva pode ocorrer meses ou até anos depois do término do tratamento, manifestando-se localmente ou em órgãos distantes, como pulmões, ossos e fígado. Essa realidade reforça a necessidade de ampliar o conhecimento sobre o tema, tanto entre pacientes quanto entre profissionais de saúde, para garantir um acompanhamento mais eficaz e humanizado.
Segundo a Dra. Figueroa, a informação é uma aliada poderosa na jornada de cuidado. “Conscientizar sobre a importância do monitoramento e da discussão ativa entre pacientes e equipes médicas é essencial para promover uma jornada de cuidado mais completa e personalizada”, afirma. Ela ressalta ainda que a identificação precoce dos fatores de risco e o acesso às opções de prevenção podem influenciar diretamente o prognóstico das pacientes.
Os fatores que aumentam o risco de retorno do câncer de mama são variados e dependem de características individuais da paciente, como idade e estilo de vida, além de aspectos específicos da doença, como o estágio do tumor, o tipo celular, a velocidade de replicação e marcadores identificados por exames de imuno-histoquímica. Também é fundamental avaliar se a retirada do tumor foi completa e como o organismo respondeu ao tratamento inicial. Essas informações orientam os profissionais a definir estratégias de cuidado adequadas para cada caso.
Além do aspecto físico, o impacto emocional da possibilidade de recidiva é significativo para muitas mulheres. Por isso, a oncologista destaca a importância de um acompanhamento multidisciplinar que contemple não apenas o tratamento clínico, mas também o suporte psicológico e a orientação contínua sobre os riscos e formas de prevenção.
No Brasil, estima-se que até 2025 sejam diagnosticados cerca de 74 mil novos casos de câncer de mama por ano, o que reforça a urgência de políticas e práticas que ampliem o entendimento sobre a recidiva e promovam a qualidade de vida das pacientes.
Em resumo, a volta do câncer de mama é um risco que não pode ser ignorado. A conscientização, o acompanhamento médico regular e o suporte multidisciplinar são pilares essenciais para enfrentar essa realidade com mais segurança e esperança. Manter-se informada e dialogar abertamente com a equipe de saúde são atitudes que fazem toda a diferença na prevenção e no cuidado contínuo.
Fontes: Instituto Nacional do Câncer (INCA), Instituto Vencer o Câncer, BreastCancer.org, assessoria de imprensa Novartis.