Terapia Ocupacional e Tecnologia: Caminhos para a Independência na Reabilitação

Como a inovação e o cuidado humanizado transformam a qualidade de vida de pessoas com limitações motoras, cognitivas e emocionais

A terapia ocupacional (TO) tem se destacado no cenário da saúde brasileira ao unir tecnologia e abordagens humanizadas para promover a independência e a qualidade de vida de pessoas com limitações motoras, cognitivas ou emocionais. Segundo dados do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito), o número de terapeutas ocupacionais ativos no país cresceu mais de 30% na última década, ultrapassando 22 mil profissionais registrados em 2023.

Esse crescimento reflete a valorização da profissão, impulsionada por políticas públicas e privadas de reabilitação e pela integração da TO com outras especialidades da saúde. Instituições como a Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR) são referências nacionais no tema, onde a terapia ocupacional é um pilar essencial para a recuperação e reintegração de pacientes de todas as idades.

De acordo com Tainá de Castro, coordenadora do setor de terapia ocupacional da ABBR, “a TO entende o ser humano como um ser biopsicossocial e visa favorecer seu desempenho nas atividades do dia a dia com mais independência, seja nas tarefas domésticas, no trabalho ou no lazer”. O foco do terapeuta ocupacional está nas ocupações humanas — atividades e papéis significativos para cada indivíduo — o que inclui treinos motores, cognitivos, adaptações ambientais e o uso de tecnologias assistivas.

As sessões iniciam com uma avaliação detalhada do paciente, que pode envolver escalas padronizadas e análise do perfil ocupacional, investigando as atividades realizadas antes e após a condição que motivou o tratamento. A partir do diagnóstico terapêutico ocupacional, é elaborado um plano personalizado, com frequência e objetivos definidos para cada caso.

A atuação da TO é frequentemente interdisciplinar, integrando-se a profissionais como fisioterapeutas, fonoaudiólogos e nutricionistas, conforme a necessidade do paciente. Além disso, o uso de tecnologias assistivas tem ampliado as possibilidades de autonomia, desde talheres adaptados e órteses até softwares de comunicação alternativa e cadeiras de rodas motorizadas com controle por joystick.

Essas tecnologias também são aplicadas na educação e no trabalho, com recursos como pranchas de comunicação, leitores de tela e adaptações de mobiliário, promovendo inclusão social e participação ativa.

Apesar dos avanços, a terapia ocupacional ainda enfrenta desafios, como a necessidade de maior valorização profissional e o acesso limitado a tecnologias assistivas em algumas regiões do Brasil. Contudo, o aumento do número de cursos, o fortalecimento das políticas públicas e a popularização das práticas interdisciplinares indicam um futuro promissor para a área.

“A reabilitação é um processo contínuo que envolve empatia, escuta ativa e planejamento personalizado. O trabalho da TO é favorecer a independência e autonomia do paciente, respeitando suas limitações e potencialidades, o que é essencial para uma vida com mais qualidade e inclusão”, conclui Tainá de Castro.

Conteúdo elaborado com dados da assessoria de imprensa da ABBR e Coffito. Para mais informações, entre em contato: Tel: +55 21 99862-3484 | Email: leonardo@mercadocom.com.br

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