Medicina de precisão no interior do Brasil: Guarapuava lidera pesquisa genética para o SUS
Conheça o IPEC e o Vale do Genoma, iniciativas que transformam saúde pública com genômica e inteligência artificial
Guarapuava, no interior do Paraná, desponta como um polo nacional em pesquisa genética e tratamento oncológico acessível pelo SUS. O Instituto para Pesquisa do Câncer (IPEC), localizado na Cidade dos Lagos, é o único centro fora das capitais a integrar a Rede Genomas SUS, do Ministério da Saúde. Essa iniciativa oferece testes genéticos gratuitos para pacientes com câncer, possibilitando tratamentos personalizados que aumentam a eficácia e reduzem efeitos colaterais.
Segundo Luis Gustavo Morello, coordenador do IPEC, “a maioria dos hospitais públicos não realiza testes genéticos por falta de estrutura técnica ou financiamento, e quando são feitos na rede privada, os custos são altos e inacessíveis. Nosso trabalho aqui é transformar ciência consolidada em soluções tecnológicas que realmente cheguem à população.” O instituto atua em parceria com o Hospital São Vicente para garantir o acesso à medicina de precisão, identificando quais medicamentos têm maior chance de sucesso para cada paciente.
Além do atendimento oncológico, o IPEC lidera o maior mapeamento genético de uma população saudável no Brasil. Desde 2023, mais de 4.500 moradores de Guarapuava participam do estudo, que já sequenciou cerca de 1.200 genomas. O projeto coleta dados biológicos e comportamentais para antecipar riscos de doenças como câncer, Alzheimer e diabetes, com o objetivo de fundamentar políticas públicas preditivas e ampliar a medicina preventiva no SUS.
O avanço do IPEC é potencializado pelo Vale do Genoma, um ecossistema de inovação que reúne universidades, governo, empresas e centros de pesquisa, com apoio da Fiocruz e da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná. A iniciativa aplica genômica e inteligência artificial para aprimorar diagnósticos e tratamentos, além de fomentar inovações em áreas como agricultura e meio ambiente.
Tudo isso acontece na Cidade dos Lagos, um bairro planejado com selo LEED for Communities, que integra saúde, educação e tecnologia em um ambiente sustentável. Com mais de 3 milhões de metros quadrados e 40% da área preservada, o local oferece infraestrutura única para pesquisa e desenvolvimento científico fora dos grandes centros urbanos.
O trabalho do IPEC já impacta outras regiões do país, auxiliando no diagnóstico personalizado e na obtenção de terapias mais eficazes para pacientes oncológicos. “Aqui conseguimos desenvolver, testar e aplicar novas tecnologias de forma integrada. A pesquisa sai do papel e se transforma em impacto social concreto”, destaca Morello.
Até 2026, a expectativa é concluir o sequenciamento dos genomas da população saudável, gerando publicações científicas e novas abordagens terapêuticas. O projeto reforça o potencial do interior brasileiro para liderar avanços em saúde pública, combinando ciência de ponta e urbanismo inteligente para transformar a vida das pessoas.
Conteúdo elaborado com dados da assessoria de imprensa.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA