Novo tratamento para meduloblastoma com apoio brasileiro recebe aval do FDA para testes clínicos

Após três décadas sem avanços significativos, terapia inovadora une imunoterapia e bloqueio imunológico para combater o tumor cerebral infantil mais comum

Um marco importante no combate ao câncer infantil foi alcançado com a aprovação da Food and Drug Administration (FDA) para um ensaio clínico pioneiro voltado ao tratamento do meduloblastoma, o tumor cerebral mais comum em crianças. Após mais de 30 anos sem avanços significativos, pesquisadores da Universidade da Flórida desenvolveram uma terapia experimental que combina imunoterapia celular e bloqueio de checkpoint imunológico, trazendo uma nova esperança para pacientes jovens com meduloblastoma recidivado ou progressivo.

Este estudo inovador, chamado MATCHPOINT, está atualmente recrutando pacientes e utiliza uma abordagem que reprograma as células T do próprio paciente para atacar as células cancerígenas, por meio do uso de mRNA expresso do tumor. O ensaio clínico de Fase I, liderado pelo Dr. Duane Mitchell, visa inicialmente confirmar a segurança e viabilidade do tratamento em seis pacientes, com planos de expansão futura.

O financiamento e a coordenação científica do estudo contam com forte participação brasileira, por meio da Medulloblastoma Initiative (MBI). Fundada em 2021 pelo empresário gaúcho Fernando Goldsztein, após o diagnóstico do filho Frederico, a MBI tem revolucionado a pesquisa ao acelerar o desenvolvimento de tratamentos para o meduloblastoma. Goldsztein transformou o desafio pessoal em uma iniciativa global que já arrecadou US$ 11 milhões e uniu 14 dos principais laboratórios e hospitais do mundo.

O modelo criado pela MBI prioriza a colaboração aberta, eliminando silos de informação e promovendo o compartilhamento obrigatório de dados entre instituições. Essa estratégia tem permitido avanços mais rápidos, quebrando o paradigma tradicional de pesquisas que podem levar de 7 a 15 anos para resultar em tratamentos.

Além do MATCHPOINT, a MBI apoia outros estudos promissores, incluindo uma vacina baseada em RNA mensageiro (mRNA), tecnologia semelhante à utilizada nas vacinas contra a COVID-19, que visa treinar o sistema imunológico para atacar o tumor de forma personalizada.

O neuro-oncologista pediátrico Dr. Roger Packer, líder científico da MBI, destaca que a imunoterapia representa uma abordagem revolucionária, utilizando o próprio sistema imunológico do paciente para combater o câncer, com potencial para reduzir os efeitos colaterais tóxicos dos tratamentos convencionais.

Com cerca de 15 mil casos anuais de meduloblastoma no mundo, a doença ainda apresenta desafios significativos, especialmente em casos recorrentes, que costumam ser fatais. A iniciativa brasileira mostra como o investimento privado e a colaboração internacional podem transformar o cenário da pesquisa médica, oferecendo esperança real para crianças e famílias afetadas.

Para mais informações, acesse o site oficial da Medulloblastoma Initiative: https://mbinitiative.org/pt

Este conteúdo foi elaborado com base em dados fornecidos pela assessoria de imprensa da Medulloblastoma Initiative (MBI).

👁️ 71 visualizações
🐦 Twitter 📘 Facebook 💼 LinkedIn
compartilhamentos

Comece a digitar e pressione o Enter para buscar

Comece a digitar e pressione o Enter para buscar