Uso de anestesia em tatuagens é proibido no Brasil: entenda os riscos e a nova regra

Conselho Federal de Medicina veta anestésicos em tatuagens para proteger a saúde e a segurança dos clientes

O uso de anestesia para tatuagens, prática que vinha ganhando popularidade, foi oficialmente proibido em todo o Brasil. A nova resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), publicada recentemente no Diário Oficial da União, proíbe o uso de sedação, anestesia geral ou bloqueios anestésicos periféricos para fins não médicos, como a realização de tatuagens. Além disso, o uso de anestésicos locais, como lidocaína e benzocaína, fica restrito exclusivamente a profissionais da saúde habilitados, como médicos anestesiologistas. A aplicação desses medicamentos por tatuadores ou pessoas não autorizadas é terminantemente proibida.

Segundo o professor de anestesiologia e especialista em clínica da dor da Afya Educação Médica, Dr. Moisés Neves, o uso de anestésicos, especialmente os injetáveis, exige profundo conhecimento técnico sobre dosagem, vias de administração e possíveis efeitos colaterais. Ele alerta que esses medicamentos não são cosméticos e devem ser usados apenas em ambiente médico. “Quando administrados por pessoas não habilitadas, os riscos ultrapassam uma simples alergia. Podem ocorrer complicações graves, como convulsões, arritmias, parada cardiorrespiratória e até morte súbita”, explica o especialista.

O alerta do CFM e dos profissionais de saúde vem após o aumento de casos de complicações em estúdios de tatuagem, onde clientes buscavam procedimentos indolores por meio de cremes anestésicos ou injeções aplicadas por pessoas sem preparo técnico. Dr. Moisés ressalta que a dor faz parte da experiência de se tatuar e pode ter até um valor simbólico para muitas pessoas. Contudo, reconhece que a sensibilidade à dor varia e, em casos de dor intensa, a recomendação é buscar orientação médica especializada para avaliação e indicação de alternativas seguras.

Mesmo anestésicos tópicos, quando usados por pessoas sem formação adequada, oferecem riscos sérios. “É extremamente perigoso recorrer a soluções caseiras, pomadas manipuladas sem controle ou produtos de procedência duvidosa. Anestesia exige preparo técnico e condições para intervir rapidamente em emergências”, reforça o especialista da Afya.

Além dos riscos diretos à saúde, o Dr. Moisés chama atenção para as tendências estéticas promovidas nas redes sociais, que divulgam procedimentos indolores, rápidos e simples, mas que podem colocar a saúde em perigo. “O corpo humano reage. Ele sente dor, sangra, responde a estímulos químicos. Substâncias aplicadas na pele, especialmente anestésicos, podem desencadear efeitos sistêmicos graves. E o fato de algo ter dado certo com uma figura pública não significa que seja seguro para todos. A segurança é individual”, destaca.

Com a nova norma, consumidores devem ficar atentos aos métodos adotados pelos estúdios de tatuagem e desconfiar de qualquer procedimento que envolva anestésicos sem supervisão profissional. Estúdios que desrespeitarem a proibição poderão responder judicialmente por exercício ilegal da medicina, além de comprometer a segurança dos clientes e a credibilidade do setor.

“O cuidado com a dor nunca pode se sobrepor à segurança. Anestesia não é recurso estético, é um procedimento médico sério, que exige formação específica, monitoramento contínuo e preparo técnico. Quando mal aplicada, pode custar vidas”, conclui o Dr. Moisés Neves.

Este conteúdo foi elaborado com dados da assessoria de imprensa da Afya Educação Médica, reforçando a importância da segurança e ética na prática da tatuagem no Brasil.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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