AVC em jovens cresce no Brasil e alerta especialistas para prevenção urgente

Casos de AVC entre pessoas de 18 a 45 anos aumentam mais de 20% e demandam atenção redobrada

O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de incapacidade no mundo e a segunda maior causa de morte no Brasil. Embora tradicionalmente associado a pessoas mais velhas, um dado preocupante tem chamado a atenção de especialistas: o aumento significativo dos casos de AVC em jovens entre 18 e 45 anos. Essa informação foi destacada pela Rede Brasil AVC, organização que atua na prevenção, diagnóstico e tratamento da doença no país.

Segundo a neurologista Dra. Sheila Martins, presidente da Rede Brasil AVC, “o AVC em jovens tem sido uma realidade cada vez mais comum nas emergências brasileiras. É um fenômeno preocupante, pois estamos falando de uma faixa etária que, muitas vezes, se considera imune a esse tipo de problema”. Dados do Ministério da Saúde indicam que, nos últimos cinco anos, houve um crescimento superior a 20% nos casos entre adultos jovens, refletindo uma tendência global apontada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que estima que 30% dos AVCs ocorram em pessoas com menos de 45 anos.

Entre os fatores de risco mais comuns nessa faixa etária estão doenças cardíacas não diagnosticadas, uso de anticoncepcionais combinados com tabagismo, histórico familiar, hipertensão, diabetes, colesterol elevado e hábitos de vida pouco saudáveis. A Dra. Sheila alerta ainda para o impacto negativo de noites mal dormidas, estresse crônico, alimentação ultraprocessada, uso de drogas ilícitas e consumo excessivo de álcool, que são gatilhos importantes para o desenvolvimento do AVC.

Um dos grandes desafios no atendimento a jovens vítimas de AVC é o atraso no diagnóstico. “Os sintomas de AVC nessa população são frequentemente confundidos com outras doenças menos graves, como enxaquecas, intoxicação por substâncias ou fadiga geral”, explica a neurologista. Essa baixa suspeita pode comprometer a recuperação e a saúde a longo prazo, já que a rapidez no tratamento é fundamental: a cada minuto sem atendimento, a pessoa perde cerca de 1,9 milhão de neurônios.

Os sinais de AVC são relativamente fáceis de identificar e incluem dormência em um lado do corpo, dificuldade para falar, visão turva, perda de equilíbrio, dor de cabeça súbita e intensa, além de náuseas e vômitos. Em caso de suspeita, é essencial pedir para a pessoa sorrir, levantar os braços e observar se há dificuldade nesses movimentos ou fala enrolada. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) deve ser acionado imediatamente.

Além dos impactos físicos e cognitivos, o AVC em jovens pode comprometer a vida social, profissional e familiar do paciente. “Uma pessoa de 30 anos que sofre um AVC pode ficar com sequelas que a impedem de trabalhar, estudar ou cuidar dos filhos. Isso impacta não apenas o indivíduo, mas toda a estrutura familiar e econômica ao seu redor”, ressalta a especialista.

A prevenção é o melhor caminho para evitar o AVC. A Rede Brasil AVC reforça que mais de 80% dos casos podem ser prevenidos com mudanças de hábitos, como monitorar a pressão arterial, manter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas regularmente, evitar o tabagismo e o uso excessivo de álcool e drogas. “O jovem precisa incorporar o autocuidado à sua rotina. Não é exagero fazer um check-up anual, medir a pressão com frequência e prestar atenção aos sinais do corpo. Isso pode salvar sua vida”, finaliza Dra. Sheila Martins.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa da Rede Brasil AVC, que desde 2008 atua para melhorar a assistência, educação e pesquisa sobre o AVC no Brasil, promovendo a prevenção e a reabilitação precoce dos pacientes.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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