Indústria Nacional de Dispositivos Médicos Reforça Pedido por Segurança Jurídica e Incentivos à Inovação na Hospitalar 2025

Seminário promovido pela ABIMO destaca a importância da cooperação entre governo, indústria e pesquisa para fortalecer a Nova Indústria Brasil no setor da saúde

Durante a Feira Hospitalar 2025, realizada em maio, a Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (ABIMO) promoveu o seminário “Inovação e segurança jurídica no fortalecimento da Nova Indústria Brasil”. O evento reuniu representantes do governo federal, da indústria e da pesquisa aplicada para debater políticas públicas e estratégias que possam consolidar um setor de saúde nacional mais forte, inovador e sustentável. As informações são da assessoria de imprensa da ABIMO.

O encontro contou com a moderação de Márcio Bósio, diretor institucional da ABIMO, e a participação de nomes importantes como Paulo Henrique Fraccaro, CEO da ABIMO; Uallace Moreira, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC; Eduardo Jorge Oliveira, secretário adjunto da Secretaria de Ciência e Tecnologia do CEIS, do Ministério da Saúde; e José Menezes, diretor substituto de Inovação e Relações Institucionais da EMBRAPII.

Paulo Henrique Fraccaro destacou que a inovação no setor de saúde deve priorizar o acesso da população, especialmente dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele alertou para os impactos negativos da falta de planejamento e continuidade nas políticas, que podem levar à judicialização e à má alocação de recursos públicos. “Precisamos incluir o custo no desenho dos projetos desde o início, se quisermos levar saúde de forma ampla e sustentável”, afirmou.

Para Uallace Moreira, a Nova Indústria Brasil (NIB) representa uma oportunidade histórica para a reindustrialização do país, desde que haja compromisso com a produção local e o uso estratégico do poder de compra do Estado. Ele ressaltou que a política industrial deve utilizar mecanismos como margem de preferência e exigência de produção nacional, o que não configura protecionismo, mas sim proteção à vida e à soberania do Brasil.

Eduardo Jorge Oliveira reforçou a necessidade de consolidar a base produtiva nacional e aprimorar os critérios técnicos para a incorporação de novas tecnologias no SUS, sempre considerando a relação custo-efetividade. Segundo ele, a inovação deve ser baseada em evidências técnicas desde a Atenção Primária para garantir a sustentabilidade e o acesso no sistema público de saúde.

Já José Menezes, da EMBRAPII, destacou o papel da governança colaborativa e do modelo de coinvestimento para reduzir riscos e acelerar resultados em inovação. Com mais de 3 mil projetos aprovados e R$ 6 bilhões mobilizados, a EMBRAPII atua como um elo entre governo, indústria e centros de pesquisa, facilitando o desenvolvimento tecnológico em saúde.

O seminário evidenciou que o fortalecimento da indústria nacional de dispositivos médicos depende de três pilares fundamentais: políticas públicas estruturadas, segurança jurídica para investidores e uma sinergia efetiva entre o setor produtivo e o poder público.

Sobre a ABIMO
Fundada em 1962, a ABIMO representa mais de 300 empresas brasileiras do setor de dispositivos médicos, promovendo o crescimento sustentável do mercado nacional e internacional. A associação atua na organização, regulamentação e suporte técnico e operacional da cadeia produtiva, contribuindo para o desenvolvimento do segmento no Brasil.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa da ABIMO.

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