Quanto o hábito do delivery pesa no seu bolso? Saiba como economizar e investir melhor
Entenda o impacto dos pedidos de hambúrguer e batata frita no orçamento mensal e descubra dicas práticas para reduzir gastos sem abrir mão do prazer
Você já parou para pensar quanto o hábito de pedir delivery pode representar no seu orçamento mensal? Dados recentes da assessoria de imprensa da Rico mostram que, em média, um pedido de comida via delivery custa R$ 66,21. Para quem faz esse pedido uma vez por semana, o gasto mensal pode chegar a R$ 264,84, o que equivale a 17,45% do salário-mínimo atual, que é de R$ 1.518. Para os chamados “heavy buyers” — consumidores que pedem delivery duas ou mais vezes por semana — esse valor pode ultrapassar R$ 529,68 por mês.
Esse tipo de despesa é considerado um “gasto invisível”: parece pequeno quando analisado isoladamente, mas, somado ao longo do tempo, pode drenar uma parte significativa do orçamento sem que a pessoa perceba. Maria Giulia Figueiredo, analista de research da Rico, destaca que, apesar da praticidade do serviço, o delivery pode se tornar um hábito custoso para quem não controla esses gastos.
Mas e se esse dinheiro fosse investido? A Rico fez simulações considerando a economia gerada ao reduzir os pedidos de delivery e investir esse valor com base na taxa Selic de 14,75% ao ano. Por exemplo, uma pessoa que diminui de quatro para um pedido por mês economizaria R$ 198,63 e, investindo essa quantia mensalmente, poderia acumular mais de R$ 8.700 em três anos, dependendo do tipo de investimento escolhido, como CDB, LCI ou LCA. Já um consumidor que reduz seus pedidos de delivery de quatro para dois vezes por mês economizaria R$ 397,26, o que poderia se transformar em mais de R$ 17 mil em três anos.
O delivery é um hábito cada vez mais comum no Brasil. Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), 76% dos brasileiros utilizam o serviço, e quase 70% deles fazem pedidos entre duas e cinco vezes por mês. Desde 2019, o uso do delivery cresceu significativamente, com os brasileiros gastando em média 15% a mais por refeição via delivery do que antes da pandemia, buscando opções mais premium.
Para quem deseja economizar sem abrir mão do prazer de comer bem, Thaisa Durso, educadora financeira da Rico, recomenda três passos simples: planejar os gastos, anotando cada despesa para ter controle total; preparar refeições em casa, como marmitas, que são mais econômicas e saudáveis; e acompanhar o saldo bancário regularmente para evitar surpresas com juros e saldo negativo.
O segredo, segundo Thaisa, não está em cortar tudo, mas em ganhar consciência dos pequenos gastos que, somados, corroem o salário. Com pequenas mudanças, como levar o lanche de casa, é possível fazer uma grande diferença no orçamento e ainda investir para o futuro.
Se você quer manter o prazer de um hambúrguer e batata frita, que tal equilibrar o delivery com refeições feitas em casa e transformar essa economia em investimentos? Seu bolso e seu futuro agradecem!