Morte do filho de Júlio Sérgio destaca importância do diagnóstico precoce do meduloblastoma infantil
Entenda o que é o tumor cerebral mais comum na infância e os avanços na luta contra a doença
A recente morte de Enzo Bertagnoli, de 15 anos, filho do ex-goleiro Júlio Sérgio, devido a um tumor cerebral, reacende o alerta sobre o meduloblastoma, o tumor maligno mais comum na infância. A informação foi compartilhada por assessoria de imprensa e traz à tona a importância da conscientização sobre os sintomas e os avanços no tratamento dessa doença.
O meduloblastoma é um tumor agressivo que se desenvolve no cerebelo, área do cérebro responsável pelo equilíbrio e coordenação motora. Embora raro na população geral, ele representa cerca de 20% dos tumores cerebrais pediátricos, afetando principalmente crianças entre 5 e 9 anos, com maior incidência em meninos. Estima-se que aproximadamente 15 mil crianças sejam diagnosticadas anualmente no mundo.
Segundo o hematologista e oncologista pediátrico Cláudio Galvão de Castro Junior, conselheiro da Medulloblastoma Initiative (MBI), organização que financia pesquisas internacionais sobre o tema, a detecção precoce é fundamental para aumentar as chances de cura, que podem chegar a 70%. “É importante que pais e profissionais de saúde fiquem atentos a sinais como dor de cabeça matinal persistente, vômitos sem causa aparente, alterações no equilíbrio ou na visão, e, em bebês, aumento acelerado do perímetro da cabeça”, alerta.
O diagnóstico envolve exames de imagem como ressonância magnética e tomografia, além de biópsia e análise do líquido cefalorraquidiano para confirmar a presença do tumor e sua classificação molecular. O meduloblastoma é dividido em quatro subgrupos moleculares — WNT, SHH, Grupo 3 e Grupo 4 — que influenciam o prognóstico e as estratégias de tratamento.
O tratamento atual combina cirurgia, radioterapia e quimioterapia, mas os efeitos colaterais a longo prazo, como déficits cognitivos, alterações hormonais e perda auditiva, ainda são desafios importantes. “A medicina está avançando para terapias mais personalizadas, com estudos promissores em imunoterapia e redução da dose de radiação para preservar o desenvolvimento neurológico das crianças”, destaca Galvão.
A Medulloblastoma Initiative, fundada em 2021, tem sido fundamental para acelerar pesquisas e desenvolver novos tratamentos, reunindo laboratórios de ponta e promovendo colaboração internacional. A organização já arrecadou 11 milhões de dólares e criou ensaios clínicos inovadores, com o objetivo de melhorar a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes.
Casos como o de Enzo Bertagnoli reforçam a urgência de ampliar o conhecimento sobre o meduloblastoma, estimular a detecção precoce e apoiar pesquisas que tragam tratamentos mais eficazes e menos agressivos para crianças e adolescentes. A luta contra esse tumor cerebral é também uma luta pela vida e pelo futuro de milhares de famílias.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA