Conselho Federal de Medicina amplia acesso à cirurgia bariátrica e reconhece técnicas inovadoras no Brasil

Adolescente e pacientes com obesidade leve agora podem se beneficiar de procedimentos modernos que prometem mais segurança e eficácia, aponta especialista

A recente publicação da Resolução nº 2.429/2025 pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) representa um avanço significativo no tratamento da obesidade no Brasil. A nova regulamentação amplia as indicações para a cirurgia bariátrica, incluindo adolescentes com obesidade grave e pacientes com índice de massa corporal (IMC) entre 30 e 34,9 que apresentam comorbidades associadas. Além disso, o CFM reconhece oficialmente técnicas cirúrgicas inovadoras, como o bypass em anastomose única, a bipartição intestinal e o SADI-S.

De acordo com o Dr. Gustavo Peixoto, cirurgião do aparelho digestivo do Grupo Meridional da rede de hospitais Kora Saúde e Diretor Nacional de Relações Institucionais da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica (SBCB), essa mudança é um marco histórico para a medicina brasileira. “A ampliação do acesso é baseada em evidências científicas que mostram a segurança e a eficácia do procedimento. Agora, conseguimos beneficiar mais pacientes que, até então, não tinham respaldo normativo, mesmo tendo indicação clínica”, destaca.

O especialista ressalta que as novas técnicas cirúrgicas reconhecidas pelo CFM oferecem alternativas eficazes e seguras, possibilitando tratamentos mais personalizados conforme o perfil de cada paciente. “Isso amplia o cuidado e individualiza o tratamento”, afirma Peixoto, que também enfatiza o longo processo de articulação científica que envolveu importantes entidades médicas, como o Colégio Brasileiro de Cirurgiões, o Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM).

Além das inovações técnicas, o cirurgião destaca que a cirurgia bariátrica continua sendo a opção mais eficiente e sustentável para o tratamento da obesidade mórbida, mesmo diante do crescimento do uso de medicamentos injetáveis para emagrecimento, conhecidos como “canetas emagrecedoras”. “Esses medicamentos são importantes, mas o custo é alto e o efeito tende a desaparecer quando o tratamento é interrompido. Já a cirurgia tem impacto duradouro e custo-benefício muito mais favorável, inclusive do ponto de vista da saúde pública”, explica.

O Dr. Peixoto ainda chama atenção para a gravidade da obesidade mórbida não tratada: “A mortalidade entre obesos mórbidos que não operam chega a ser dez vezes maior do que entre os que passam pelo procedimento. Isso é indiscutível.” Com a nova resolução, o Brasil avança no enfrentamento de um dos maiores desafios de saúde pública, ampliando o acesso a um tratamento que pode salvar vidas e melhorar a qualidade de vida de milhares de pessoas.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações fornecidas pela assessoria de imprensa do Grupo Meridional e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica. A ampliação do acesso à cirurgia bariátrica e o reconhecimento de técnicas inovadoras marcam um passo importante para a medicina e para os pacientes brasileiros que lutam contra a obesidade.

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