Emagrecimento com canetas injetáveis: por que o efeito sanfona é tão comum?

Médica alerta para riscos do uso sem acompanhamento e explica como evitar o efeito rebote no emagrecimento

O uso de canetas injetáveis como Ozempic, Mounjaro, Saxenda e Victoza, originalmente indicadas para o tratamento do diabetes tipo 2, tem se popularizado como método para perda de peso. No entanto, o uso indiscriminado desses medicamentos, sem acompanhamento médico, tem gerado efeitos colaterais, frustração com o chamado “efeito sanfona” e até complicações graves.

De acordo com a médica clínica e nutróloga Fernanda Vasconcelos, do Instituto Qualitté, o principal erro é acreditar que o medicamento sozinho promove emagrecimento definitivo. “Recebo muitos relatos assim: ‘Emagreci com a caneta, parei o remédio e engordei tudo de novo’. Isso acontece porque a pessoa não mudou os hábitos durante o tratamento. O remédio não muda o comportamento, ele ajuda, mas não é solução mágica e nem resolve sozinho”, explica.

Essas canetas são indicadas para pessoas com obesidade (IMC a partir de 30) ou sobrepeso (IMC acima de 25) com comorbidades, como gordura no fígado, apneia do sono, pré-diabetes, hipertensão, resistência à insulina ou alcoolismo. Em alguns casos, também podem ser prescritas para pacientes com compulsão alimentar leve a moderada. A prescrição deve ser feita com base em histórico clínico, exames laboratoriais, composição corporal e análise do comportamento alimentar.

A popularização do uso sem critério tem preocupado profissionais de saúde. Medicamentos vendidos por pessoas não habilitadas, em redes sociais ou salões de beleza, já causaram internações em unidades de terapia intensiva (UTI), principalmente devido ao consumo de produtos falsificados. Para conter esse problema, a Anvisa passou a exigir receita médica especial em duas vias, sendo uma retida pela farmácia, restringindo o acesso sem prescrição.

Os riscos do uso sem orientação incluem efeitos colaterais como náuseas, constipação, vômitos e dor abdominal, além de complicações mais graves como pancreatite, desidratação, perda de massa magra, deficiências nutricionais e alterações gastrointestinais severas. O uso irregular ou a falta de ajustes nas doses também diminuem a eficácia do tratamento, dificultando o emagrecimento sustentável.

Para identificar medicamentos falsificados, é importante desconfiar de preços muito abaixo do mercado, verificar a embalagem, exigir nota fiscal e o registro da Anvisa, além de confirmar o armazenamento correto entre 2°C e 8°C. A compra deve ser feita somente em locais autorizados, evitando redes sociais e vendedores não credenciados.

Por fim, a médica reforça que o tratamento do sobrepeso e da obesidade é multifatorial e deve ser individualizado. Além das medicações, o acompanhamento nutricional, apoio psicológico, mudanças comportamentais, avaliação intestinal e treinamento físico orientado são essenciais para resultados duradouros. Em casos específicos, a cirurgia bariátrica pode ser indicada.

Em resumo, emagrecer com segurança exige método, equipe e rotina. O medicamento é um aliado, mas não substitui a mudança de hábitos. Sem isso, o efeito sanfona é quase certo. Este conteúdo foi elaborado com dados da assessoria de imprensa para esclarecer dúvidas e alertar sobre os cuidados necessários no uso dessas terapias.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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