Projeto de lei em Curitiba avança para conscientizar sobre o climatério e menopausa
Iniciativa busca combater a desinformação e promover saúde e dignidade para mulheres na fase do climatério
Um importante avanço na saúde da mulher está em curso na Câmara Municipal de Curitiba. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou recentemente um projeto de lei que propõe a criação de uma campanha de conscientização sobre o climatério e a menopausa. A iniciativa, idealizada pela vereadora Rafaela Lupion (PSD), visa fortalecer políticas públicas para uma fase da vida feminina ainda cercada por estigmas e muita desinformação.
Dados recentes da farmacêutica Astellas, coletados com 2.300 pessoas no Brasil, incluindo 300 mulheres entre 40 e 55 anos, revelam que 79% dessas mulheres enfrentam sentimentos psicológicos negativos durante a menopausa. Entre os sintomas relatados estão ansiedade (58%), depressão (26%), constrangimento (20%) e vergonha (16%). Além disso, 47% afirmaram que esses sintomas prejudicaram seu desempenho no trabalho, evidenciando o impacto da falta de informação na vida pessoal e profissional.
O projeto prevê ações educativas, palestras e distribuição de materiais informativos para ajudar as mulheres a compreenderem as mudanças corporais do climatério — período que antecede e sucede a menopausa, caracterizado por oscilações hormonais que podem causar suores noturnos, alterações de humor, perda de libido, distúrbios menstruais e até efeitos cardiovasculares e ósseos. Para ampliar o alcance, a proposta inclui parcerias com entidades da sociedade civil, universidades, conselhos municipais e órgãos federais e estaduais.
A ginecologista Alexandra Ongaratto, especialista em ginecologia endócrina e climatério e Diretora Técnica do Instituto GRIS, ressalta que esses sintomas podem comprometer a rotina, as relações e o rendimento profissional das mulheres, especialmente quando elas não têm acesso a informações confiáveis. “Informar mulheres é a melhor forma de fazer com que elas tenham entendimento sobre o que ocorre com o próprio corpo. O projeto é fundamental e o primeiro passo é educar as mulheres sobre esse período que não deveria ser tão desconhecido, afinal, nós vivemos um terço da nossa vida no climatério”, afirma a médica.
O Instituto GRIS, sediado em Curitiba, é pioneiro no cuidado da saúde íntima feminina, combinando tecnologia e dedicação para promover o protagonismo das mulheres em suas jornadas de saúde. A ginecologista Alexandra Ongaratto tem atuado como porta-voz da iniciativa, colaborando na elaboração das estratégias educativas e participará da audiência pública sobre o tema, prevista para agosto.
Por se basear em ações educativas, o projeto não demanda grandes investimentos públicos, mas tem potencial para gerar impactos significativos na autonomia, saúde e dignidade das mulheres. Após a aprovação na CCJ, o texto segue para análise da Comissão de Saúde antes de ser votado no plenário da Câmara.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa, destacando a importância de políticas públicas que promovam a saúde feminina e combatam a desinformação sobre o climatério e a menopausa.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA