América Latina une forças no Panamá para acelerar a transição para energia limpa antes da COP30
Lideranças regionais debatem estratégias e compromissos para consolidar uma matriz energética sustentável e justa na Semana do Clima da América Latina e Caribe
Com dados da assessoria de imprensa do Instituto Talanoa, líderes da América Latina e do Caribe se reuniram no Panamá em 21 de maio de 2025 para discutir como acelerar a transição para uma matriz energética limpa e justa na região. O encontro ocorreu durante a Semana do Clima da América Latina e Caribe, evento que antecede a COP30, marcada para novembro em Belém do Pará, Brasil.
Organizado pelo Energy Transition Council (ETC), em parceria com o Instituto Talanoa, Transforma Global e E3G, o jantar de alto nível contou com a participação de autoridades de países como Brasil, Colômbia, México, Chile, Argentina, República Dominicana, Honduras e Panamá, além de representantes do Reino Unido, instituições financeiras multilaterais, negociadores climáticos e organizações da sociedade civil.
Um dos destaques do evento foi o anúncio da entrada de um governo latino-americano na Aliança pelo Fim do Carvão (PPCA), sinalizando o compromisso crescente da região em eliminar o uso do carvão e ampliar o uso de fontes renováveis. Atualmente, 65% da eletricidade na América Latina já é gerada por fontes renováveis, segundo Natalie Unterstell, presidente do Instituto Talanoa, que destacou o potencial da região para liderar globalmente a inovação climática.
Durante o encontro, foram debatidos os principais desafios e oportunidades para avançar na transição energética, incluindo o financiamento climático, mecanismos de transição justa e compromissos para a redução de emissões. Abu Zaki, chefe do Energy Transition Council, ressaltou que a transição não depende mais de inovação tecnológica, mas de decisões políticas firmes para transformar ambições em ações concretas.
Além dos discursos oficiais, o evento promoveu diálogos entre governos e sociedade civil para desenvolver propostas que garantam uma transição inclusiva e equitativa, com atenção especial à resiliência das fontes de energia frente às mudanças climáticas. Ao final, será elaborado um documento com recomendações políticas a ser submetido à Presidência da COP30 e outros tomadores de decisão estratégicos, fortalecendo a agenda regional para uma transição energética justa.
Essa articulação reforça a posição da América Latina como protagonista no cenário climático global, alinhando esforços para que a COP30 seja um marco decisivo na construção de um futuro sustentável, acessível e inovador para toda a região.